Zara Brasil responsabilizada por trabalho escravo
A Zara Brasil foi responsabilizada pelo Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) pela existência de trabalhadores em condições semelhantes à de escravos num atelier de costura que a marca contratou.
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Em resposta ao recurso solicitado pela Zara Brasil, divulgada esta terça-feira, 16 de Abril, o MPT-SP considerou que a marca deve responder pelas empresas que contrata, neste caso a AHA Indústria e Comércio de Roupas, cuja criação das peças para a cadeia da Inditex representa 90% da sua capacidade produtiva.
Numa decisão sem precedentes, a justiça brasileira reforça que não havia possibilidade de a Zara desconhecer a sua cadeia de produção. “A subordinação, embora camuflada sob a aparência de terceirização, era directa aos desígnios da comerciante das confecções”, pode ler-se na sentença divulgada pelo ‘site’ brasileiro “Exame”.
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Além do pagamento de uma multa e dos custos do processo judicial, a Zara Brasil passou a integrar a denominada “Lista Suja”, que engloba empresas com algum tipo de ligação a situações de escravidão.
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A marca detida pelo Grupo Inditex já anunciou que vai voltar a recorrer da decisão, atribuindo culpas à empresa que contratou. A Zara alega ainda que não obteve “qualquer vantagem financeira com a irregularidade cometida pela AHA”.
A investigação do MPT-SP encontrou 16 trabalhadores bolivianos em condições consideradas insalubres na periferia de São Paulo. Cada funcionário recebia 2 reais (0,65 euros) por cada peça de roupa produzida.
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