Administração da Nissan dividida sobre afastamento de Ghosn

Esta quinta-feira, há uma reunião da administração da Nissan: manter ou não Carlos Ghosn como "chairman". Há quem queira mais informações. A Renault, sua maior accionista, optou por uma solução interina.
21 de Novembro de 2018 às 16:20

Há pelo menos um membro do conselho de administração da Nissan que não está dispostos a votar já a saída de Carlos Ghosn da presidência daquele órgão. É preciso mais pormenores sobre o que levou à detenção do "chairman", segundo noticia a Bloomberg.

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"Os administradores vão reunir-se amanhã [quinta-feira] e será feita uma proposta ao conselho para remover os administradores Ghosn e Kelly", revelou um porta-voz à agência de informação.

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Ghosn, juntamente com o administrador da Nissan Greg Kelly, é suspeito de ter comunicado ao mercado valores muito inferiores aos reais sobre as suas remunerações enquanto presidente da Nissan. Ghosn é também suspeito de ter usado dinheiro da empresa para uso pessoal, nomeadamente na compra e renovação de casas no Rio de Janeiro, Beirute, Amesterdão e Paris. Foram detidos na segunda-feira.

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De acordo com o site da fabricante automóvel japonesa, são nove os membros deste órgão, presidido por Ghosn, e a Bloomberg refere que a votação será decidida por maioria simples. Só que há um administrador, não identificado, que referiu à Bloomberg que não há ainda informação suficiente sobre as suspeitas e que dever-se-ia esperar por ela para tomar uma decisão definitiva. 

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A Renault, que é a principal accionista da Nissan e sua parceria, decidiu um afastamento temporário, com a nomeação interina de seus substitutos.

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Soube-se entretanto, pelo Financial Times, que Carlos Ghosn estava a preparar uma fusão entre a Renault e a fabricante nipónica e que estes planos de fusão não agradavam a membros da administração da Nissan - aliás, desde Março que este já era um tema em cima da mesa.

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Foi o presidente executivo da Nissan, Hiroto Saikawa, que revelou quais eram as suspeitas que recaiam sobre o gestor, e que disse que iria alargar as investigações internas à própria aliança entre a Nissan e a Renault.

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