Para contornar tarifas, chineses ganham força nos híbridos na Europa
Os fabricantes automóveis chineses continuam a ganhar quota de mercado na Europa apesar das tarifas impostas por Bruxelas aos veículos elétricos. O foco das marcas orientais passou a estar agora nos híbridos, onde o seu peso atingiu um recorde em maio.
- 1
- ...
Os fabricantes automóveis chineses continuaram a ganhar terreno na Europa em maio apesar das tarifas impostas por Bruxelas em finais do ano passado. A quota dos construtores da China no segmento dos híbridos atingiu um recorde em maio e nos carros totalmente elétricos o valor foi o mais alto em 10 meses.
Liderados pela BYD e pela MG, do grupo SAIC, os construtores automóveis chineses superaram os 9% de quota quer nos híbridos quer nos elétricos, segundo dados da consultora Dataforce.
Incluindo os veículos a combustão interna, as fabricantes chinesas superaram pela primeira vez a quota de 5%. Ou seja, um em cada 20 carros vendidos na Europa vieram da segunda maior economia mundial.
As vendas de elétricos chineses regressou aos níveis de meados do ano passado, antes da introdução das tarifas por parte de Bruxelas.
Mas, para contornar as taxas aduaneiras adicionais, os fabricantes da China estão a apostar cada vez mais nos híbridos. Em maio do ano passado, as marcas chinesas valiam pouco mais de 1% das vendas europeias. Agora, representam 12% dos híbridos plug-in e 7% dos "mild hybrids".
A MG, detida pela estatal chinesa SAIC, viu ser-lhe aplicada uma tarifa de 45% nos carros elétricos. Assim, a histórica marca britânica agora em mãos chinesas apostou forte nos híbridos em detrimento dos veículos totalmente elétricos.
Já a BYD continua a reforçar as vendas no Velho Continente e passou a apostar em segmentos mais populares, com o citadino Dolphin Surf e o SUV compacto Atto 2. "Em vez de os travar, as tarifas estão a forçar marcas como a BYD a lançar mais modelos baratos nos segmentos de entrada", refere Felipe Munoz, da Dataforce.
Mais lidas