A Renault nomeou o diretor financeiro da empresa, Duncan Minto, como CEO interino, ficando responsável pela reestruturação da fabricante automóvel, em substituição de Luca de Meo, que saiu para o cargo de CEO da dona da Gucci, a Kering.  

A Renault anunciou também esta terça-feira um corte nas previsões para a margem operacional para cerca de 6,5% em 2025, face a um “guidance” anterior de pelo menos 7%, justificando  com o aumento da concorrência e o declínio do mercado automóvel.   

Fontes citadas pela Bloomberg referem que os principais candidatos a ocupar de forma permanente o cargo de CEO incluem Denis Le Vot, o líder da Dacia, Francois Provost, o responsável por aquisições da Renault, ou Maxime Picat, antigo executivo da Stellantis. O processo de substituição “está bem encaminhado”, disse a Renault.  

Minto, que está na empresa desde 1997, vai tentar manter a recuperação da empresa, depois de o líder anterior ter renovado a gama da marca e aumentado a rentabilidade. Os desafios incluem a transição difícil para os veículos elétricos, as tensões comerciais e a concorrência de fabricantes chineses.

O líder interino terá também de lidar com a unidade de veículos elétricos e software Ampere, que falhou a prevista entrada em bolsa, e a aliança com a japonesa Nissan, quando o anterior CEO tentava uma aproximação aos chineses da Geely, a dona da Volvo.