Barclays quer cortar relações com clientes pouco rentáveis no segmento de investimento
O Barclays pretende colocar um ponto final nas relações contratuais com vários clientes, que são pouco rentáveis para a instituição financeira, avança o Financial Times (FT).
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O critério de exclusão poderá ter por base a consideração dos clientes cujas as transações intermediadas pelo banco de investimento são pouco rentáveis para a instituição, de acordo com várias fontes conhecedoras do processo.
O diário económico britânico especifica que este critério pode resultar num corte de relações com mais de 2.500 clientes numa amostra de 10 mil. Uma outra fonte refere ao FT que o número deve ficar abaixo dos dois milhares e meio.
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Este corte poderia levar o banco a reduzir o montante total de ativos ponderados pelo risco deste segmento em até 20 mil milhões de libras, o equivalente a 23,06 mil milhões de euros.
De acordo com o diário britânico, a administração da instituição já deixou claro que pretende que esta unidade alcance um "Return on tangible equity" (RoTE) – uma métrica que apura o desempenho de uma entidade – entre 14% e 15%, o que ficaria acima dos atuais 11,5%.
Aquele que é um dos maiores bancos no segmento do retalho no Reino Unido contratou este ano o Boston Consulting Group para ajudar a rever a estratégia de negócio. Além do retalho, o Barclays conta com um dos maiores negócios internacionais de crédito, além do segmento da banca de investimento.
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Atualmente, o Barclays apresenta um rácio "price-to-book" – que divide os resultados contabilísticos pelo preço das ações – que fica abaixo de 50%, ficando assim atrás dos seus pares, de acordo com a Bloomberg.
Contactada pelo Financial Times, fonte oficial da instituição financeira não quis comentar a notícia.
O lucro do Barclays tombou 16%, em termos homólogos, no terceiro trimestre, tendo dececionado o mercado. Desde o início do ano, as ações já perderam 11,6% - bastante acima da queda do setor da banca no Reino Unido (-3-31%).
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Esta terça-feira, os títulos da instituição financeira desvalorizam 0,14% para 140 libras.
Em outubro, o banco anunciou que está a "avaliar as ações para cortar custos estruturais e ajudar a impulsionar a rendibilidade no futuro, o que pode ter como resultado mais encargos significativos" no quarto trimestre.
Na semana passada, foi noticiado que o banco quer cortar os custos de todo o grupo em até mil milhões de libras ao longo de vários anos, o que pode implicar um corte de 2 mil postos de trabalho.
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