Carlos Costa recusa críticas do relatório "Costa Pinto"
Carlos Costa rejeita as críticas do relatório que ficou conhecido como "Costa Pinto", que indica que o regulador agiu tarde no caso Banco Espírito Santo. O antigo governador do Banco de Portugal está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco.
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"Porque não agiu mais cedo?" no caso BES, perguntou a deputada do CDS Cecília Meireles a Carlos Costa, no Parlamento.
"Agi mais cedo", começou por dizer o ex-governador do Banco de Portugal, notando que, desde fevereiro de 2013, "o Banco de Portugal tinha a funcionar um grupo de trabalho que acompanhava em permanência as notícias relacionadas com as pessoas que faziam parte do conselho de administração [do BES]".
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Este grupo reunia "provas, indícios, para as integrar no enquadramento legal e a jurisprudência da época", disse Carlos Costa, lamentando que "este facto, repleto de ação, não tenha constituído um capítulo autónomo dentro do relatório".
Sobre o relatório, produzido por uma equipa liderada por João Costa Pinto, Carlos Costa disse que "os [primeiros] oito capítulos do relatório são bons capítulos. A única coisa que está deslocada são as conclusões, porque não correspondem ao capítulo 8, das condicionantes, nem às recomendações".
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O relatório, sobre a atuação do Banco de Portugal no caso BES, revelou que uma atuação "mais enérgica" do regulador teria evitado os problemas no banco liderado à data por Ricardo Salgado. "A supervisão não atuou em tempo útil, com a energia que devia ter atuado", disse João Costa Pinto no Parlamento, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito.
"A supervisão não atuou em tempo útil, com a energia que devia ter atuado", disse João Costa Pinto no Parlamento, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito.
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