Oliveira Costa condenado a 14 anos de prisão

José de Oliveira Costa foi condenado a 14 anos de prisão. Três outros antigos responsáveis do BPN têm penas efectivas de prisão. Os oito arguidos com penas mais levas podem optar por pagar indemnizações ao Estado.
Oliveira Costa condenado a 14 anos de prisão
24 de Maio de 2017 às 19:06

José de Oliveira Costa foi condenado a 14 anos de prisão pelos crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada, burla qualificada e branqueamento de capitais, anunciou esta quarta-feira, 24 de Maio, o juíz responsável pelo processo principal do caso BPN. Dos 15 arguidos, foram condenados 12. As penas mais leves ascendem a cinco anos de prisão.

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As penas mais pesadas foram destinadas ao antigo presidente do BPN e a outros três antigos responsáveis do banco que, segundo o juiz, faziam parte da cúpula dirigente e cuja actuação tem, por essa razão, "especial gravidade". Em causa estão Luís Caprichoso, condenado a oito anos e meio de prisão, Francisco Sanches, com uma pena de seis anos e nove meses de cadeia e José Vaz Mascarenhas sentenciado com uma pena de prisão de sete anos e três meses.

Luís Caprichoso, ex-gestor do BPN evisto pelo Ministério Público como o número dois do grupo SLN/BPN, foi condenado pela prática de um crime de falsificação de documentos e outro de burla qualificada, refere a Lusa. José Vaz Mascarenhas, ex-presidente do Banco Insular, foi condenado pelos crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada. Já Francisco Sanches, ex-gestor do BPN, foi condenado pelos crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e burla qualificada.

Luís Caprichoso, ex-gestor do BPN evisto pelo Ministério Público como o número dois do grupo SLN/BPN, foi condenado pela prática de um crime de falsificação de documentos e outro de burla qualificada, refere a Lusa. José Vaz Mascarenhas, ex-presidente do Banco Insular, foi condenado pelos crimes de falsificação de documentos, abuso de confiança e burla qualificada. Já Francisco Sanches, ex-gestor do BPN, foi condenado pelos crimes de falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e burla qualificada.

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Oito condenados podem escapar à cadeia

Estes são os únicos quatro arguidos condenados a prisão efectiva. Os restantes oito condenados poderão substituir o encarceramento por indemnizações a pagar ao Estado, fixadas em função da situação económica dos arguidos.

 

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Foi este o caso de Leonel Mateus, condenado a três anos de prisão, com pena suspensa perante o pagamento de 30 mil euros; Luís Almeida, quatro anos e três meses ou pagamento de 45 mil euros; Isabel Cardoso, quatro anos e quatro meses de cadeia ou indemnização de 25 mil euros; Telmo Reis, cinco anos de prisão ou pagamento de 50 mil euros; José Monteverde, quatro anos de cadeia ou indemnização de 10 mil euros; Luís Alves, dois anos de prisão ou pagamento de 25 mil euros; António Franco, três anos de cadeia ou indemnização de 10 mil euros e Rui Dias Costa, quatro anos de prisão ou indemnização de 30 mil euros.

"Esta foi a maior burla da história da Justiça portuguesa julgada até ao momento", destacou o juiz Luis Ribeiro, que preside o colectivo de juízes responsável pelo julgamento do processo principal do caso BPN, que durou mais de seis anos, citado pela Lusa.

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"Há que fazer uma distinção entre a conduta destes arguidos e dos outros, cujos crimes são muito mais graves", realçou o juiz presidente, referindo-se a José Oliveira Costa, José Caprichoso, José Vaz Mascarenhas e Francisco Sanches, condenados a penas de prisão efectivas.

 

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O colectivo de juízes do processo principal do caso BPN decidiu ainda absolver os arguidos Ricardo Oliveira (empresário do ramo imobiliário), Filipe Baião Nascimento (advogado) e Hernâni Ferreira (Labicer e FO Imobiliária) dos crimes de que eram acusados pelo Ministério Público.

 

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De resto, o próprio Ministério Público já tinha deixado cair a acusação de burla qualificada contra Hernâni Silva em Junho de 2016 por falta de provas. E as acusações contra a empresa de cerâmica Labicer foram extintas devido à sua liquidação.

 

O julgamento deste processo-crime, o principal do caso BPN, arrancou em 15 de Dezembro de 2010 e contava inicialmente com 16 arguidos.

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(Notícia actualizada às 20:10 com mais informação)

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