Ex-banqueiros do HBOS culpados por fraude
Seis pessoas, entre as quais dois banqueiros do britânico HBOS, foram esta segunda-feira, 30 de Janeiro, consideradas entre as culpadas na fraude de 307 milhões de dólares (286,6 milhões de euros) que envolveu o banco em 2008 e que, em conjunto com outros factores, obrigou ao uso de dinheiros públicos no resgate à instituição.
Lynden Scourfield e Mark Dobson, antigos empregados do HBOS (que operava, como marca, o Bank of Scotland), foram os dois banqueiros considerados culpados no final de um julgamento de cinco meses e deverão conhecer os contornos da condenação na próxima quinta-feira.
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Scourfield é apontado como tendo aceitado bens e serviços – nomeadamente a participação em festas de cariz sexual e férias no estrangeiro - e dinheiro de empresários (também culpados) entre 2003 e 2007.
Em troca destas alegadas retribuições, os banqueiros envolvidos terão obrigado empresas em dificuldades, clientes do banco, a contratarem serviços de uma consultora – detida por um dos culpados - como condição para acederem a créditos do banco. Apesar de terem pago elevados montantes pelo serviço, muitas das empresas acabaram por falir, com o inerente prejuízo para os proprietários e empregados.
O HBOS acabou por ser socorrido em 2008 pelo seu rival, o Lloyds, banco que mais tarde também necessitou de ser resgatado pelo Estado. Esta segunda-feira foi conhecido que o Tesouro britânico já recuperou mais de 90% da verba injectada na instituição e que detém agora menos de 5% do seu capital.
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Os lesados pela fraude querem agora que o Lloyds responda pelas perdas impostas pelo HBOS. O banco liderado pelo português Horta Osório disse, num comunicado, que vai analisar nova informação que tenha surgido durante o julgamento.
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