Lucro do BPF encolhe mais de 50% com queda dos juros
O impacto do Banco Português de Fomento na economia está a crescer, mas os seus resultados financeiros, não. Os lucros do grupo encolheram mais de 40% nos primeiros nove meses do ano, sendo que os do banco soberano, em si, registaram uma redução de mais de 50% neste período. A culpa, em grande parte, é da margem financeira, mas também há maiores custos.
O grupo apresentou no final de setembro um resultado líquido de 9,8 milhões de euros, valor este que representa uma quebra face aos 17,4 milhões registados no período homólogo. Considerando apenas o banco, o resultado líquido foi de 7,8 milhões de euros, uma redução de 53% face aos 16,6 milhões do período homólogo.
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Uma das explicações para esta evolução está na evolução do produto bancário, nomeadamente da margem financeira. O “produto bancário cai de 39,4 para 38,3 milhões”, explica Bruno Rodrigues, CFO do banco, sendo este reflexo da margem financeira e das comissões.
O responsável aponta para a “margem financeira desfavorável por causa das taxas de juro”, sendo que no caso do BPF este impacto é sentido na rentabilidade da tesouraria que tem. Como os juros baixaram, a rentabilidade encolheu de 13,5 para 7,4 milhões de euros.
No caso das comissões, estas crescem de 18 para 21,2 milhões, “beneficiando das linhas Invest EU, mas também da execução do PRR”, diz Bruno Rodrigues. Face ao orçamentado, contudo, está aquém dos 28,2 milhões de euros projetados pela instituição.
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Também aquém das projeções estão os custos operacionais. Cresceram de 11,3 para 14,8 milhões de euros, mas era previsto ascenderem a 28,4 milhões de euros, isto porque apesar de o BPF contar com mais quadros, o número de colaboradores está aquém do previsto.
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