Novo Banco com prejuízos de 1.058,8 milhões de euros em 2019

Com base nos resultados relativos ao ano passado, o banco liderado por António Ramalho vai pedir mais 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução.
Rita Atalaia 28 de Fevereiro de 2020 às 16:40

O Novo Banco registou um prejuízo de 1.058,8 milhões de euros no ano passado, o que representa uma melhoria de 25% face ao resultado negativo de 1.412 milhões de euros no ano anterior. Com base nas contas de 2019, a entidade liderada por António Ramalho vai pedir 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução para reforçar os rácios de capital. 

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"O grupo Novo Banco apresentou em 2019 um resultado negativo de -1.058,8 milhões de eurosdecorrente da combinação de uma perda de 1 236,4 milhões de euros na atividade legacy e de um ganho de +177,6 milhões de euros na atividade recorrente", de acordo com os resultados divulgados esta sexta-feira.

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Neste período, adianta a entidade, o banco "registou perdas relacionadas com o processo de restruturação e desalavancagem de ativos não produtivos, designadamente os projetos Sertorius, Albatros e NATA II, e o processo de venda da GNB Vida". 

"O Novo Banco fechou o ano com um resultado recorrente muito positivo e um crescimento do negócio acima dos 5%. Foi um feito. Mas também foi um feito fazê-lo em simultâneo com uma redução de 3,3 mil milhões de euros de NPL e uma redução acima de 50% do seu balanço legado", afirmou António Ramalho, CEO do Novo Banco, no comunicado dos resultados.

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O produto bancário comercial ascendeu a 864,1 milhões de euros, o que representa um aumento de 12,5% em termos homólogos, "influenciado pelo crescimento na margem financeira (+19,0%) bem como nos serviços a clientes (+3,1%)", nota o banco. 

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Já os resultados de operações financeiras foram negativos em -196,8 milhões de euros, "reflexo das perdas decorrentes da atividade legacy (-269,0 milhões de euros). Em oposição a estes resultados, as reservas de justo valor relacionadas com a carteira de títulos apresentaram um expressivo aumento"

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Os custos operativos apresentam uma redução de 1,8%, mostra a instituição financeira, situando-se em 478,5 milhões, "um reflexo das melhorias concretizadas ao nível da simplificação dos processos e da otimização de estruturas com a consequente redução no número de balcões e de colaboradores, tendo os custos da atividade legacy apresentado uma redução significativa".

Quanto às provisões, o valor fixou-se nos 935,4 milhões, desdobrando-se em 627,5 milhões de euros para crédito e 308,1 milhões de euros para outros ativos e contingências, dos quais 47,3 milhões respeitam a provisões para restruturação e 177,8 milhões estão relacionadas com os processos de venda de ativos não produtivos (NATA II, Sertorius e Albatros) e da GNB Vida.

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Menos crédito, mais recursos

O crédito a clientes (bruto) registou uma quebra de -1.658 milhões de euros face a dezembro de 2018. "A redução observada no crédito a empresas no exercício de 2019 teve especial incidência no crédito não produtivo da atividadelegacy, que decresceu -2.841 milhões de euros", refere o Novo Banco.

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Na atividade recorrente, o volume de crédito cresceu 5,6%, registando-se aumentos nas carteiras de particulares e empresas.

 os recursos totais de clientes totalizaram 34,4 mil milhões, o que representa uma subida de 0,8% no valor em análise. 

(Notícia em atualização.)

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