Ricciardi via no Estado salvação para o BES

José Maria Ricciardi, presidente do BESI e ex-administrador do Banco Espírito Santo, considera que o BES existiria ainda se se tivesse recorrido à linha de capitalização do Estado.
José Maria Ricciardi
Miguel Baltazar/Negócios
Alexandra Machado 09 de Dezembro de 2014 às 22:40

Em 2008 a crise internacional agravou-se e, nessa altura, "devia-se ter pedido intervenção do Estado no BES". Ricciardi não mostrou dúvidas, na comissão de inquérito aos actos do BES/GES, de que a capitalização do BES pelo Estado teria salvo o banco da família.

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Ricciardi tem a noção de que a família iria ficar com menos capital no banco, mas também ficaria menos endividada nas estruturas de controlo, o que Ricciardi chama nas estruturas "acima" do BES. Por isso, chegou a admitir  na comissão de inquérito que era nessas empresas da família que a dívida deveria ter ficado. "O buraco deveria ter ficado em cima".

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Não deveria ter alastrado ao BES. Esse não contágio e um apoio público salvaria o BES. Até porque se a família não tivesse ido a todos os aumentos de capital, "provavelmente ter-se-ia conseguido atacar os problemas em cima até porque aumentos de capital do BES aumentaram o endividamento". 

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Não aconteceu e o BES acabou por cair. Ricciardi mostrou convicção de que se os problemas tivessem sido atacados quando o banqueiro alertou, a situação não teria chegado a este ponto. Não acusou directamente ninguém, mas garantiu que não é culpado e que as responsabilidades têm de ser assumidas por quem teve papel activo no fim do BES.

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Por isso não atira as culpas ao Governo nem ao Banco de Portugal, mas aos "accionistas do GES".

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