Saiba como reduzir a sua fatura com o banco

Todos os meses, créditos à habitação e pessoais, comissões bancárias e outros serviços são cobrados aos consumidores. O explicador da semana dá dicas para reduzir alguns dos seus custos mensais.
Saiba como reduzir a sua fatura com o banco
Hugo Neutel e Cláudia Arsénio 15:00

A concorrência entre bancos é cada vez mais forte e depois de uma fase em que o negócio beneficiou do aumento da margem financeira, esse fator desapareceu quando o Banco Central Europeu (BCE) começou a descer as taxas de juro. 

Neste momento, os bancos apostam no volume de negócio e não podem dar-se ao luxo de perder clientes ou créditos, o que dá aos consumidores mais margem para negociar. Assim, se quiser reduzir o peso da prestação mensal do crédito à habitação tem essencialmente dois caminhos por onde seguir: a renegociação ou a mudança de banco

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Primeiro deve verificar qual o “spread” que é aplicado no crédito. Se for muito acima de 1%, fale com o banco para tentar baixá-lo. Qualquer redução vai refletir-se imediatamente na prestação que paga todos os meses. Também pode negociar o prazo do empréstimo ou um período de carência. Se tudo o mais falhar, pode sempre transferir o crédito para outro banco que ofereça melhores condições. 

Se precisa de um empréstimo – seja para comprar uma casa, um carro ou para qualquer projeto pessoal –  o primeiro passo é fazer simulações em vários bancos. Deve calcular desde logo a taxa de esforço para cada um. Se a soma do novo empréstimo com outras despesas que tenha for muito acima de 35% deve evitar um novo crédito ou alterá-lo de forma a reduzir a taxa de esforço. Por exemplo, com um prazo mais dilatado ou, se possível,  uma redução do valor do empréstimo.  

No caso do crédito â habitação tenha em conta também que pode optar por uma taxa variável, fixa ou mista. Faça as contas para saber o que poderá funcionar melhor para si. 

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As comissões bancárias são uma espécie de subscrição, de custo mensal que os bancos cobram para fazer face aos custos de manutenção de milhões de contas à ordem em Portugal. O mais barato é o Banco CTT, que cobra um máximo de 56,16 euros por ano. O Crédito Agrícola, com 61,78 euros, está em segundo, seguido pelo Banco BIC, Banco Invest, Caixa Geral de Depósitos e Santander Totta, todos com um custo  de 62,40 euros anuais. O BCP e o Novo Banco pedem 74,88. O BPI cobra 78 euros. 

No entanto, pode optar por uma Conta de Serviços Mínimos Bancários, que tem funcionalidades limitadas e um custo anual máximo de 5,22 euros

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Por outro lado, tiver outras necessidades como vários cartões de débito ou crédito, pode subscrever contas pacote que, embora mais caras, isentam o pagamento de algumas operações. Feitas as contas, é possível que, no total, fique a pagar menos.  

Se quiser comparar as diferentes comissões cobradas, o Banco de Portugal tem um comparador disponível no Portal do Cliente Bancário

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