Ulrich confiante na aprovação do divórcio entre BPI e Angola
"Se não acreditasse [na aprovação dos accionistas], não propunha" a autonomização dos activos africanos do BPI numa nova sociedade totalmente independente do banco, afirmou Fernando Ulrich, presidente da instituição, aos jornalistas, à margem da entrega dos prémios BPI Senior, realizada esta terça-feira, em Lisboa.
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O projecto, destinado a responder às exigências do Banco Central Europeu, "foi proposto e foi aprovado em conselho [de administração] há meia dúzia de dias… Quem faz propostas é porque acredita nelas", adiantou o banqueiro sem mais comentários sobre o tema.
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Para que a convicção de Ulrich se concretize é necessário que Isabel dos Santos, segunda maior accionista do BPI, com 18,6%, aprove a operação, que tem de reunir uma maioria de dois terços dos votos, como prevê o Código das Sociedades Comerciais neste tipo de decisões. A empresária angolana ainda não revelou o seu sentido de voto, mas sabe-se que o seu representante na administração do BPI considerou esta solução "precipitada", o que indicia que terá votado contra a decisão.
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Isabel dos Santos é a única, entre os accionistas representados no conselho do BPI, a criticar o projecto de cisão. O La Caixa, que com 44% é o maior accionista, apoia a operação, tal como o maior investidor português, a família Violas Ferreira.
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A transferência de 50,1% do Banco de Fomento Angola, de 30% do moçambicano BCI e de 100% do BPI Moçambique para uma nova sociedade é a solução proposta pela equipa de Ulrich para resolver o problema de excesso de concentração de riscos do BPI em Angola e que, por imposição do BCE, tem de estar superado até ao final de Março próximo.
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