Bankinter usou 25% da garantia pública. Se esgotar, pede mais
O banco espanhol tem uma quota de 60 milhões de euros da garantia pública em Portugal.
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O Bankinter já usou 25% da quota de 60 milhões de euros que lhe foi atribuída na garantia pública. Embora esteja longe de esgotar a sua fatia, admite desde já pedir um reforço se chegar à conclusão que se aproxima do limite.
Presumindo um uso médio de 15% por empréstimo (o máximo previsto), significa que o banco espanhol já terá concedido cerca de 100 milhões de euros em crédito à habitação ao abrigo deste regime.
A informação foi avançada pelo CFO na apresentação dos resultados do terceiro trimestre.
A garantia pública de apoio aos jovens até 35 anos na compra da primeira habitação a crédito está no terreno desde o início do ano. Tem tido grande procura, o que levou o Governo a aumentar a dotação da iniciativa, que começou nos mil milhões de euros mas já vai em 1.550 milhões.
Os números ilustram a popularidade da medida: no final de agosto, estavam utilizados 37,5% (407 milhões de euros) do montante total de 1.082,85 milhões de euros efetivamente atribuído pelo Estado.
O grande trunfo da garantia do Estado é permitir aos bancos financiarem até 100% do valor do imóvel, o que em circunstâncias normais, devido a regras de supervisão, não seria possível: as instituições financeiras poderiam apenas disponibilizar até 85% desse valor, obrigando os candidatos a crédito a terem capital para o restante - a chamada “entrada”. Podem ser dezenas de milhares de euros que nem todas as famílias terão guardados em poupança. É aplicável a compras até 450 mil euros, sendo que os rendimentos dos beneficiários não podem ser superiores ao oitavo escalão do IRS.
Em Espanha, quase um ano após o início da medida, foram concedidos 7.900 créditos. Em Portugal foram 15.300 em oito meses.
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