Carlos Santos Silva investiu 3,7 milhões em dívida do GES
O empresário amigo de José Sócrates investiu em papel comercial e unidades de participação da ESI, holding falida da família Espírito Santo, noticia o jornal "Sol", adiantando que a lista de investidores incluiu ainda ex-ministros e fundações.
Carlos Santos Silva, o empresário amigo de José Sócrates, é um dos clientes do BES que investiu em papel comercial da Espírito Santo International (ESI), revela o jornal Sol, citando documentos do Banco de Portugal.
No total, entre investimentos em papel comercial e unidades de participação do fundo Espírito Espírito Santo Liquidez, terá aplicado 3,7 milhões, diz o jornal, admitindo que o empresário possa ser um dos milhares de lesados do BES.
De acordo com o Sol, são várias as figuras públicas que constam da lista de investidores em dívida do Grupo Espírito Santo, algumas das quais terão vendido essas aplicações antes do colapso do grupo.
Almerindo Marques, administrador da Opway, terá colocado 550 mil euros em papel comercial da ESI depois de ter investido em unidades de participação do ES Liquidez.
Também Vera Jardim e Rui Vilar constam dos documentos do Banco de Portugal referidos pelo jornal, que adianta que o antigo ministro da Justiça começou por colocar 908 mil euros em unidades de participação daquele fundo e depois se direccionou para o papel comercial investindo 300 mil euros em Dezembro de 2013.
Já Rui Vilar, refere o Sol, investiu 450 mil euros em papel comercial da ESI.
Da lista constam ainda nomes como os do arquitecto Siza Vieira, José Mello Champalimaud (filho de António Champalimaud), Alexandre Bastos Gomes (ex-administrador do BCP), Pietro Luigi Valle (administrador do grupo Pestana), do escritor Miguel Sousa Tavares e da jornalista Maria João Avilez.
No rol de investidores e potenciais lesados surgem empresas, fundações, ordens religiosas e instituições de solidariedade social. É o caso da Fundação Ilídio Pinto, da Fundação Luso-Americana para o desenvolvimento (FLAD), da Fundação Assistência Médica Internacional (AMI) ou Cruz Vermelha Portuguesa.
Várias Misericórdias de todo o país e empresas como a Porto Editora e a Teleféricos da Madeiras também constam dos documentos do Banco de Portugal, o mesmo acontecendo com familiares do construtor José Guilherme.
Já Ricardo Salgado, segundo o Sol, não aparece nas listas, mas o seu filho terá aplicado 332 mil euros em unidades de participação.
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