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Credores da Espírito Santo Property recebem já 84% do investimento

A Espírito Santo Property está em PER desde 2015, com plano de pagamentos aos credores, entre os quais subscritores de papel comercial, até 2020. As prestações de 2018 e 2019 vão ser pagas em antecipação, num total de 12 milhões de euros.

Ricardo Salgado comissão parlamento 19 março
Ricardo Salgado comissão parlamento 19 março Pedro Elias
08 de Março de 2018 às 18:41

Os clientes que detêm papel comercial emitido pela Espírito Santo Property, a empresa do antigo Grupo Espírito Santo para o imobiliário, vão receber, este ano, 84% do investimento que fizeram naqueles títulos de dívida. É uma antecipação de mais de um ano face ao anteriormente anunciado, já que só em 2019 é que esta percentagem devia ser recuperada no âmbito do Plano Especial de Revitalização (PER). Também os restantes credores, como o BCP, recebem a fatia.

"A Espírito Santo Property Portugal, SGPS, S.A. está em condições de anunciar e de concretizar a antecipação do prazo de pagamento das prestações referentes a 2018 e 2019, num impulso que corresponde ao resultado do trabalho rigoroso e sustentado desenvolvido por esta instituição", indica uma comunicação aos credores desta quinta-feira 8 de Março, a que o Negócios teve acesso.

No PER, homologado em 2015, ficou em cima da mesa o reembolso de 36 milhões de euros aos credores da Property, entre os quais os mais mediáticos são os investidores com papel comercial da ES Property. A cada ano seria paga uma prestação de 20%, entre 2015 e 2020. O que acontece é que a deste ano será paga já, e não em Junho como previsto inicialmente, e juntamente à de 2019.

"No quadro desse compromisso, com a liquidação da 4ª e 5ª prestação ficarão resolvidas 84% da totalidade das responsabilidades assumidas pela Espírito Santo Property Portugal, SGPS, S.A.", concretiza a nota enviada, que diz que já foi ordem ao banco para proceder ao pagamento.

A gestora imobiliária ES Property é uma empresa detida pela Rioforte, uma das sociedades de topo do Grupo Espírito Santo que está em insolvência no Luxemburgo, que ficou em dificuldades por conta da derrocada. A sua venda está, aliás, suspensa por conta do arresto de bens ditado pela justiça portuguesa, que foi tendo de autorizar o desembolso do pagamento das prestações.

Entre os credores estão, além dos cerca de 350 detentores de papel comercial, o BCP, o BIC e a Autoridade Tributária.

Estes clientes do papel comercial não estão contemplados na solução desenhada pelo Governo e os reguladores para os clientes do antigo BES com papel comercial da Espírito Santo International e da Rioforte, cuja devolução (a um máximo de 75% do capital investido) aguarda ainda a formalização.

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