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CTT aproveitam "oportunidade clara de mercado" e avançam com o Banco Postal

O conselho de administração dos CTT decidiu avançar com o Banco Postal, numa altura em que "existe uma oportunidade clara de mercado para lançar um banco dirigido a uma população financeiramente conservadora de rendimentos médios/baixos", explica a empresa em comunicado.

Bloomberg
04 de Novembro de 2014 às 17:21

"Existe uma oportunidade clara de mercado para lançar um banco dirigido a uma população 

financeiramente conservadora de rendimentos médios/baixos", refere os CTT num comunicado emitido esta terça-feira, 4 de Novembro.

Os CTT – Correios de Portugal, revelaram esta terça-feira, 4 de Novembro, que o conselho de administração da empresa aprovou o lançamento do Banco Postal, "dando continuidade à estratégia de expansão da oferta de produtos financeiros."

O Banco de Portugal já tinha autorizado a criação da instituição financeira no final do ano passado, mas a empresa nunca efectivou a criação do banco. Hoje, no dia em que os CTT anunciaram os resultados do terceiro trimestre do ano, a empresa decidiu avançar com a criação da instituição financeira, explicando que "foi realizado durante o ano de 2014 um estudo de mercado mais detalhado e aprofundado por forma a confirmar alguns dos pressupostos do projecto de criação do Banco Postal elaborado em 2013."

Uma das conclusões passa pelo facto de existir actualmente "uma oportunidade clara de mercado para lançar um banco dirigido a uma população financeiramente conservadora de rendimentos médios/baixos." Isto depois de durante este Verão o BES ter sido resgatado, o que elevou os receios das pessoas em torno do sistema bancário.

A empresa acrescenta ainda que "o plano de negócios projectado permitirá atingir o ‘breakeven’ em somente 3 anos com um investimento acumulado estimado máximo por parte dos CTT de 100 milhões de euros ao longo dos primeiros 5 anos", adianta a mesma fonte.

"O ROE do projecto, devido ao funcionamento numa base de custos marginais e ao uso da rede de lojas para a oferta de retalho, é acima da média do sector e situar-se-á, em velocidade de cruzeiro, em 25%", diz o comunicado.

"O risco de capital e de balanço é baixo tendo em conta que a oferta de crédito somente se focará em crédito hipotecário com níveis de cobertura conservadores (loan to value) e não ultrapassando 50% dos activos em balanço", garante a empresa liderada por Francisco Lacerda.

Os CTT assumem a expectativa do Banco Posta poder distribuir dividendos "a partir do ano 6". Além disso, esta projecto não deverá afectar a distribuição de dividendos por parte dos próprios CTT.

(Notícia actualizada às 17h30 com mais informação)

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