Fitch avalia subida de rating do Novo Banco após venda ao BPCE
A agência de notação financeira anunciou esta quinta-feira que colocou o banco português em “credit watch”, ou seja, que está a fazer uma avaliação ao grau que atribui, justificando que a mudança de acionistas poderá melhorar o perfil de risco.
O Novo Banco poderá beneficiar da integração de um grande grupo internacional e, por isso, a Fitch está a avaliar uma potencial subida de rating. A agência colocou o banco português num estado de avaliação conhecido como “rating watch” uma semana depois do anúncio de que os franceses do BPCE vão adquirir a totalidade do capital.
Em causa estão as notações de risco de incumprimento de longo e curto prazo do Novo Banco – atualmente em BBB e F3, respetivamente –, que foram colocadas em rating watch positive (RWP), tal como os depósitos e a dívida sénior preferencial.
A rating watch positive “reflete a nossa opinião de que o banco, se adquirido pelo Groupe BPCE (A/Estável), muito provavelmente beneficiaria do apoio dos acionistas, que viria de um proprietário com uma classificação potencialmente mais elevada”, justifica a Fitch, anunciou, num relatório datado desta quinta-feira.
Segundo a agência, o Novo Banco tem a ganhar por fazer parte de um grupo “maior e mais forte”. O banco representará 3% dos ativos, tornando o apoio dos acionistas “provável e imaterial” em relação aos recursos do grupo.
A Fitch explica ainda que, aquando do fecho da operação (planeado para o início de 2026), o rating do Novo Banco passará a ter por base a integração no grupo, que tem avaliação três degraus acima da instituição liderada por Mark Bourke. Esta notação “refletiria a importância estratégica das atividades em Portugal da empresa-mãe, proporcionando diversificação geográfica e fortalecendo a franquia de retalho”.
Contudo, a agência antecipa que o Novo Banco fique um nível abaixo do grupo “devido ao historial limitado das operações do GBPCE em Portugal, às baixas sinergias com o grupo e ao provável longo período de integração, incluindo o tempo necessário para um financiamento e gestão mais integrados”.
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