Klarna avaliada em 19,6 mil milhões de dólares na estreia na bolsa de Nova Iorque
Método 'compre agora, pague depois' tem ganhado tração, o que justifica o interesse no IPO da Klarna em Nova Iorque. Os cofundadores são agora milionários.
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A Klarna massificou o método "Buy Now, Pay Later" (compre agora, pague depois) e ficou avaliada em 19,65 mil milhões de dólares (16,8 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) na sua estreia a negociar na bolsa de Nova Iorque, que aconteceu nesta quarta-feira.
A fintech sueca encerrou as negociações na quarta-feira com as ações a valerem 45,82 dólares, significando uma subida de 14,55%, embora na abertura da sessão os títulos tenham chegado aos 52 dólares. O preço da Oferta Pública Inicial (IPO) era de 40 dólares por título, com a Klarna a superar esse valor.
Os analistas da Renaissance Capital, citadas pela Euronews, dizem que este é um dos maiores IPO do ano, depois de mais de 34 milhões de ações terem sido vendidas aos investidores, com a empresa a angariar 1,37 mil milhões de dólares (1,17 mil milhões de euros).
Contudo, estes dois valores ficam abaixo da avaliação de 46 mil milhões de dólares que a fintech tinha alcançado em 2021, o montante mais elevado em que foi avaliada, antes de perder peso no último ano devido a fatores macroeconómicos e a um aumento do escrutínio dos reguladores.
Os responsáveis da fintech sueca já tinham evidenciado que o objetivo da Klarna é mudar os serviços financeiros a nível mundial, e a estreia na Bolsa de Nova Iorque foi a demonstração de que o "Buy Now, Pay Later" é atrativo.
A Klarna foi fundada em 2005 e chegou aos Estados Unidos em 2015, depois de se disseminar pelo mercado europeu. A empresa sueca só chegou a Portugal em 2021, mas desde então que tem feito parcerias com empresas para expandir o seu método de pagamentos, nomeadamente com a TAP.
Com este IPO, que promete ser o arranque ideal de várias entradas em bolsa em Nova Iorque este ano, a Klarna tornou-se a maior empresa da Suécia a listar as ações nos Estados Unidos, derrotando a entrada do Spotify em 2018.
O CEO Sebastian Siemiatkowski, que detém cerca de 7% da Klarna, não vendeu nenhuma ação no IPO, ao contrário de outros investidores que arrecadaram 1,17 mil milhões de dólares. A participação do CEO foi avaliada em mil milhões de dólares, enquanto Victor Jacobsson, cofundador que deixou a fintech em 2012 e detém 8,4% da empresa, detém uma participação avaliada em 1,3 mil milhões de dólares.
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