pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Leão volta a assumir cenário "hipotético" de o Estado ficar "parcialmente dono do Novo Banco"

O ministro das Finanças voltou a referir-se a um cenário em que o Estado intervém no Novo Banco além dos 3,9 mil milhões de euros do mecanismo de capital contingente. Auditoria da Deloitte chega até ao final de julho.

15 de Julho de 2020 às 11:37

O ministro das Finanças, João Leão, voltou a referir-se esta quarta-feira à possibilidade de o Estado injetar mais capital no Novo Banco, além dos 3,9 mil milhões de euros previstos no mecanismo de capital contingente, ficando nesse caso "parcialmente dono" da instituição financeira. O governante colocou esta possibilidade num cenário "extremo, hipotético e futuro".

É a segunda vez que o ministro faz referência ao cenário de uma eventual entrada do Estado diretamente no capital da instituição financeira. Desta vez, João Leão foi particularmente claro: "Na intervenção nesse cenário extremo, hipotético e futuro, a acontecer, o Estado passaria a ter uma posição acionista no Novo Banco", disse João Leão, reforçando que "o Estado seria parcialmente dono" da instituição financeira.

O ministro explicou que esta possibilidade está prevista num acordo com a Comissão Europeia e que prevê o que acontecerá se, uma vez extinto o mecanismo de capital contingente, o banco continuar a precisar de capital e nem os seus acionistas, nem outros investidores no mercado estiverem disponíveis para reforçar o capital. 

Seria uma solução um cenário extremo, "em que o Estado passaria a ter como contrapartida da injeção de capital uma participação no banco", explicou o ministro, em respostas à deputada bloquista Mariana Mortágua e ao deputado comunista Duarte Alves.

João Leão adiantou ainda que o prazo para a entrega da auditoria ao Novo Banco - que foi pedida à Deloitte - termina a 31 de julho. Caso esta auditoria conclua que houve má gestão no banco, o Fundo de Resolução terá legitimidade para tentar recuperar dinheiro injetado no banco, admitiu já o primeiro-ministro, António Costa.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio