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Lucro do BCP cresce para 243 milhões até março

Resultado no primeiro trimestre compara com os 234 milhões registados no período homólogo. Subiu 3,9%. Margem caiu em Portugal mas o decréscimo foi compensado pela operação internacional.

Miguel Maya BCP
Miguel Maya BCP Tiago Petinga/Lusa
21 de Maio de 2025 às 17:03

O BCP teve um lucro de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa um aumento de 3,9% face aos 234 milhões registados no período homólogo.

"Os resultados mostram que temos razões para estarmos confiantes no plano estratégico do banco", afirmou o CEO do Millennium na apresentação dos números. "Foi um trimestre bem conseguido", concluiu.

Em Portugal o resultado cresceu 7,6% para 218,9 milhões. As operações internacionais representaram 24,5 milhões, numa queda de 20,2%. A atividade na Polónia rendeu mais 40% (quase 43 milhões de euros) mas em Moçambique, fruto da instabilidade que se seguiu às eleições, o resultado caiu a pique: foi de 3,7 milhões, 84% abaixo do valor de há um ano.

A margem financeira consolidada ainda cresceu apesar da queda dos juros do Banco Central Europeu (BCE): atingiu 721,1 milhões de euros, 3,6% acima do valor verificado em março de 2024. Em Portugal, no entanto, desceu 3,9% para 325,8 milhões de euros. Foi o crescimento de 10,7% (38 milhões de euros) nas operações internacionais que mais do que compensou o decréscimo na atividade doméstica.

As comissões também renderam mais, de 197,3 milhões para 201,4 milhões de euros. Neste capítulo o comportamento foi inverso ao da margem: subiu em Portugal mais do que caiu lá fora.

Os resultados foram ajudados pela redução de imparidades: desceram de 1.593 milhões de euros para 1.416 milhões. É uma queda de 11,1%. Em Portugal foi mais significativa: atingiu 20% depois de ter caído para 774 milhões.

3,6% Margem
A margem financeira consolidada ainda cresceu apesar da queda dos juros do BCE: atingiu 721,1 milhões de euros, 3,6% acima do valor homólogo.

Os custos operacionais dispararam mais de 10% para 339,7 milhões de euros, influenciados sobretudo pelo aumento das despesas com pessoal, que passaram de 165,7 milhões de euros em março do ano passado para 188,1 milhões no mesmo mês de 2025.

Os recursos de clientes cresceram 6,1% para 104,6 mil milhões de euros. A carteira de depósitos a prazo teve uma evolução de 36,3 mil milhões de euros para 36,6 mil milhões. Já os depósitos à ordem subiram de 44,5 mil milhões de euros para 48,5 mil milhões.

Na operação nacional, os depósitos a prazo aumentaram de 24,9 mil milhões de euros para 25,7 mil milhões. O volume de depósitos à ordem também subiu, de 27,4 mil milhões de euros para 25,7 mil milhões.

A carteira de crédito a nível do grupo também cresceu. Passou de 56,8 mil milhões de euros para 58,1 mil milhões de euros. O crédito à habitação vivo é agora de 29,2 mil milhões de euros face aos 28,1 mil milhões do período homólogo. O crédito a empresas caiu 500 milhões de euros para 21,8 mil milhões.

Em Portugal, o volume de crédito também subiu, de 38,4 mil milhões de euros para 38,9 mil milhões.

O malparado, medido no rácio de exposições improdutivas (NPE) caiu de 1,95% para 1,72%.

Na operação portuguesa, as exposições consideradas improdutivas totalizam agora menos de mil milhões de euros: são 884 milhões, valor que compara com 1.087 milhões há um ano. É uma queda de 22,6%.

O BCP chegou ao final do primeiro trimestre com rácios de capital acima do exigido. O "Common Equity Tier 1" (CET1) caiu uma décima de ponto percentual para 15,9% mas continua muito acima dos 9,57% exigidos pela supervisão. "Uma larguíssima folga", salientou o CEO Miguel Maya. O rácio de capital total caiu 0,5 pontos percentuais para 20%. 

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