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Lucros do BCP quase duplicam até Setembro

O banco liderado por Miguel Maya fechou os primeiros nove meses do ano com um lucro de 257,5 milhões de euros.

BCP, Miguel Maya
BCP, Miguel Maya Lusa
08 de Novembro de 2018 às 17:08

O BCP fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 257,5 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 93% face ao mesmo período do ano passado, revelou o banco em comunicado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quinta-feira, 8 de Novembro. Isolando o terceiro trimestre, os lucros mais do que duplicaram para 106,8 milhões de euros, superando as estimativas do BPI que apontava para um valor médio de 93 milhões de euros.

O banco presidido por Miguel Maya sublinha que a actividade em Portugal deu um contributo de 115 milhões de euros até Setembro, face aos 800 mil euros registados no mesmo período do ano anterior. 

A margem financeira somou 2,9% para 1.052,8 milhões de euros, que o banco justifica com a descida do custo da dívida emitida e do custo dos depósitos.

Já as comissões líquidas somaram 3% para 510,1 milhões de euros, "uma evolução favorável", como classificou Miguel Maya.

Já outros proveitos decresceram 6,2%, que o CEO explica dever-se à venda de activos não performantes, os chamados "non-performing exposures" (NPE), que incluem crédito malparado e imóveis.

Custos aumentam com devolução salarial

Em relação aos custos operacionais, houve uma subida de 8,6% para 754,2 milhões de euros, sendo que Miguel Maya evidencia o crescimento dos custos não recorrentes, na ordem dos 3,3%, com o banco a atribui ao encargo adicional com a reposição dos salários, que teve lugar, depois dos cortes salariais que estiveram em vigor entre 2014 e 2017.

As imparidades afundaram 31% para 431,4 milhões de euros, com especial destaque para a evolução em Portugal.

Crédito desce em Portugal 

Em termos de balanço, a carteira de crédito cresceu 0,8% para 51.150 milhões de euros, caindo 0,1% nas empresas (construção, sobretudo), mas somando 1,6% nos particulares. O crédito cresce com o apoio das actividades no estrangeiro (5,6%), já que na actividade doméstica houve uma quebra de 0,8%.

Houve uma descida no rácio de NPE e de malparado. Nos NPE, desceu de 15,9%, em Setembro de 2017, para 12,3%, um ano depois. No malparado (NPL), o rácio desceu de 9,3% para 7,4% nas mesmas datas. As NPE totalizam 5.546 milhões de euros em Portugal.

Nos recursos de clientes, houve um aumento de 5,5% para 72.786 milhões de euros, com os depósitos a somarem 5,8%, abaixo da evolução positiva de 6,8% nos activos fora de balanço (activos sob gestão, fundos, etc).

(Notícia actualizada pela última vez às 17:30 com mais informação)

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