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Lucros do Crédito Agrícola caem para 69,5 milhões de euros

O banco liderado por Licínio Pina registou imparidades de crédito acumuladas na ordem dos 400 milhões de euros em setembro.

Licínio Pina,
Licínio Pina, Miguel Baltazar
24 de Novembro de 2020 às 15:41

Os lucros do Crédito Agrícola caíram 33,8% para 69,5 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano. Isto num período em que o banco liderado por Licínio Pina registou imparidades de crédito acumuladas na ordem dos 400 milhões de euros para responder ao impacto da pandemia. 

"O grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, indispensável no atual contexto macroeconómico, refletida em imparidades de crédito acumuladas a setembro de 2020 de 404 milhões de euros, valor que confere um nível de cobertura de NPL [crédito malparado] por imparidades de 44,7% e uma cobertura de NPL por imparidades e colaterais de 134,7%", refere o banco num comunicado divulgado esta terça-feira, 24 de novembro. 

Neste período, o Crédito Agrícola registou uma quebra de 36,2% no negócio bancário, para 56,6 milhões de euros, "num período marcado pela segunda vaga da pandemia provocada pelo coronavírus". 

Já em termos de composição do produto bancário, indica, a margem financeira diminuiu 3,2% para 7,8 milhões de euros, face ao período homólogo.

"Por outro lado, a margem técnica do negócio segurador registou uma variação homóloga de +2 milhões de euros (+6,1%), assim como as comissões líquidas, que aumentaram 5,3 milhões de euros (+7,3%) e os resultados das operações financeiras (+17,1 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 34,8%)", refere o banco no comunicado. 

Quanto à carteira de crédito (bruto), esta alcançou os 11 mil milhões de euros em setembro, o que representa um aumento de 6,6% nos últimos 12 meses. 

Os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários também cresceram (11,4%) para perto de 16,4 mil milhões de euros, em termos homólogos.

Já sobre a qualidade do crédito, o Crédito Agrícola indica que o rácio bruto de Non Performing Loans (NPL) situou-se nos 8,4%. Isto num período em que o rácio de capital CET1 fixou-se nos 17%. 

Mais de 20 mil moratórias

O Crédito Agrícola aprovou, até ao final de setembro, moratórias no total de 2.544 milhões de euros. Este valor corresponde a 20.470 contratos, indica o banco no comunicado divulgado esta terça-feira.

Além desta medida criada pelo Governo - e depois complementada pela banca - para apoiar as famílias e empresas mais penalizadas pelo impacto da pandemia, a instituição financeira liderada por Licínio Pina concedeu 232,4 milhões de euros ao abrigo das linhas de crédito protocoladas covid-19, com a garantia do Estado, apoiando 2.883 empresas nacionais.

Além disso, refere, o banco lançou em meados de setembro "uma nova linha de apoio ao setor social covid-19, protocolada covid-19, com a garantia do Estado, destinada ao financiamento das necessidades de tesouraria das IPSS e das entidades da economia social".

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