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Mapa: Onde a Caixa vai encerrar balcões

O banco público já tem uma lista de 70 balcões que pretende encerrar este ano. Apenas nove são no interior do país. Bloco de Esquerda quer ouvir Mário Centeno com urgência.

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18 de Março de 2017 às 10:00

A lista de 70 balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que deverão encerrar até final deste ano concentra o esforço de redução de agências no litoral. Até 2020, o banco público quer ter menos 180 balcões. Para já parecem afastados receios levantados pelos parceiros do Governo.

A lista dos 70 balcões foi divulgada esta quinta-feira, 16 de Março, pelo Correio da Manhã, que cita um documento interno, e revela que em Lisboa são 20 os balcões a encerrar, no Sul e Ilhas são 19, no Norte 16 e no Centro 15.

Uma análise feita pelo Negócios à distribuição dos balcões que vão fechar entre litoral e interior mostra que o interior e as ilhas são poupadas este ano. 

Dos 70 balcões, apenas nove são no interior e três são nas ilhas (um na Madeira e dois nos Açores). Os restantes 58 balcões estão na metade do país junto ao litoral. 

A distribuição territorial dos balcões que fecham já este ano é uma das preocupações reveladas pelo Bloco de Esquerda, PCP e Verdes. Os três parceiros do Governo no Parlamento rejeitam a ideia de que a reestruturação do banco, através do fecho de balcões e da saída de trabalhadores (deverão sair 2.200 até 2020), não pode ser uma espécie de moeda de troca do plano de recapitalização. Entre os receios estão também o facto de o fecho poder concentra-se no interior. 

Como foi noticiado esta terça-feira pelo jornal i, os partidos entregaram recentemente perguntas no Parlamento sobre encerramento de balcões específicos. 

Na apresentação das contas de 2016, a 10 de Março, o presidente do banco, Paulo Macedo, disse que não se pode pedir que a Caixa fique onde não há interesse para os outros bancos. 

O Negócios questionou a Caixa sobre a distribuição do encerramento de balcões pelo território mas o banco público não respondeu.

No entanto, o encerramento de balcões bem como a redução do números de trabalhadores levou o Bloco de Esquerda a pedir uma audição urgente do ministro das Finanças no Parlamento. O Bloco defende que por se tratar do banco público, a Caixa tem responsabilidades acrescidas. 

Mariana Mortágua não exclui a possibilidade de uma análise e revisão da rede de balcões da CGD, mas lembra que a Caixa "tem obrigação de estar onde o privado não chega". "Acima de tudo, tem a obrigação de ser transparente quanto ao seu plano de presença geográfica."

Quanto à saída de trabalhadores, o partido liderado por Catarina Martins defende que "é preciso renovar as garantias que a redução do número de trabalhadores não será feita com recurso a rescisões ‘amigáveis’ com base em pressões e ameaças, mais ou menos veladas, como assistimos já noutras instituições bancárias, nomeadamente no Novo Banco. A Caixa tem obrigação de ter uma atitude irrepreensível na relação com os seus trabalhadores". 

Nota: Não é possível visualizar o mapa em baixo no browser Safari. 

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