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Novo Banco avisa que fracasso da compra de dívida pode ditar perdas a 100%

O fracasso da oferta de aquisição de dívida que o Novo Banco acaba de lançar pode implicar perdas da totalidade do valor investido pelos obrigacionistas. O aviso consta do anúncio da operação, segundo o qual os obrigacionistas podem sofrer um impacto “mais adverso do que os termos” da compra de obrigações.

novo banco antonio ramalho
novo banco antonio ramalho Sara Matos
25 de Julho de 2017 às 12:16

Caso a oferta de aquisição da dívida do Novo Banco não seja bem sucedida, os investidores que detêm estes títulos poderão sofrer perdas "significativas" já que a instituição pode ser alvo de uma medida de resolução que implique uma medida de recapitalização interna das obrigações.

O alerta é feito pelo Novo Banco no anúncio da operação de compra de 36 linhas de obrigações destinado a gerar uma folga de solidez de 500 milhões de euros e que é uma condição indispensável à concretização da venda da instituição à Lone Star.

"Em caso de insucesso da presente oferta, o investimento da Lone Star no Novo Banco não seria concretizado", refere o documento, avisando que, nesse cenário, a instituição "não receberá a injecção de capital prevista ao abrigo do contrato de compra e venda", no valor de 1.000 milhões. Sem um aumento de capital, "o Novo Banco não cumprirá os requisitos mínimos regulatórios de capital e não terá capacidade de se manter em continuidade", alerta o anúncio da operação.

Caso não cumpra as exigências de solidez a que está sujeito, "o Novo Banco poderá ser sujeito a uma ou mais medidas de resolução", iniciativas que "incluem o mecanismo de recapitalização interna (‘bail-in’), ao abrigo do qual as autoridades de resolução podem optar por converter os valores mobiliários [obrigações alvo da oferta de aquisição] em capital ou reduzir o seu valor nominal", esclarece a instituição.

Num cenário de resolução, depois do accionista único do Novo Banco, o Fundo de Resolução, os primeiros investidores a terem perdas serão os detentores de dívida da instituição. Estes investidores "poderão ser significativamente afectados de forma adversa pela aplicação do mecanismo de recapitalização interna". Aliás, recorda o anúncio da oferta, para os investidores com dívida da instituição, essa hipótese "pode dar azo a um resultado final significativamente mais adverso do que os termos das ofertas e das propostas" de aquisição de dívida.

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