Novo Banco perde o presidente e um administrador
Já estão oficializadas duas saídas da administração do Novo Banco. Eduardo Stock da Cunha deixa o banco no final do mês. José João Guilherme fica até ao final de Agosto. Não há ainda substitutos.
Não é só Eduardo Stock da Cunha que vai sair do Novo Banco. José João Guilherme também vai deixar a administração da instituição financeira criada como herdeira do Banco Espírito Santo.
"O Novo Banco, S.A. informa que os senhores Dr. Eduardo Stock da Cunha e Eng. José João Guilherme renunciaram aos cargos de presidente do conselho de administração e de vogal do conselho de administração, respectivamente", revela um comunicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Já há data para o fim do mandato mas a chegada de substitutos pode acelerar o processo. "O Dr. Eduardo Stock da Cunha permanecerá em funções até 31 de Julho de 2016 e o Eng. José João Guilherme até 31 de Agosto de 2016, excepto se entretanto forem designados novos membros pelo cacionista, caso em que cessarão funções nessa data".
Stock da Cunha irá para o Lloyds e, segundo a Sky News, vai liderar a área de aquisições no Lloyds, banco de onde é quadro e de onde saiu em comissão de serviço. Foi em Setembro de 2014 que o gestor ocupou o lugar de Vítor Bento, que saiu em discordância com a estratégia do governador Carlos Costa para o Banco de Portugal.
Não é indicado o motivo para a saída de José João Guilherme, que esteve à frente do banco - que se encontra em processo de venda. Antes de ir para o Novo Banco, o gestor estava na gestão de empresas não financeiras, para onde tinha ido depois de um período no BCP.
Com a saída dos dois administradores, no conselho do Novo Banco ficam, para já, Jorge Freire Cardoso, Vítor Fernandes, Francisco Vieira da Cruz e Francisco Cary, este último com o pelouro financeiro. Mas as saídas só ocorrerão quando houver substitutos.
António Ramalho, da Infraestruturas de Portugal, é o nome escolhido pelo Banco de Portugal para substituir Stock da Cunha na liderança do banco cujo capital está totalmente nas mãos do Fundo de Resolução. O Governo não tem objecções à escolha.
(Notícia actualizada às 19:51 com mais informações)
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