Parlamento chama Mário Centeno sobre nova sede do Banco de Portugal
Foi ainda aprovado um requerimento que pede a disponibilização, pelo Banco de Portugal, de documentação sobre o projeto.
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O parlamento aprovou esta quarta-feira dois requerimentos do CDS-PP para ouvir o ainda governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, e para a disponibilização de documentos, ambos relacionados com a nova sede do banco central.
Em causa está a discussão e votação de requerimentos apresentado pelo grupo parlamentar do CDS-PP ainda em julho, entretanto adiadas devido à interrupção dos trabalhos da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública durante o mês de agosto.
O primeiro requerimento pede uma audição, com caráter de urgência, de Mário Centeno sobre a nova sede, enquanto o segundo pede a disponibilização, pelo Banco de Portugal, de documentação sobre o projeto.
Os dois requerimentos foram aprovados de forma unânime pelos partidos presentes na reunião ordinária da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
O jornal 'online' Observador noticiou em 21 de julho, que o valor das futuras instalações será superior a 192 milhões de euros, pois o valor refere-se apenas às obras estruturais, estimando o jornal que o custo total possa subir para 235 milhões de euros.
O jornal noticiou ainda haver alertas de consultores do Banco de Portugal, designadamente sobre os licenciamentos e a eventual necessidade de avaliação de impacte ambiental na construção do parque de estacionamento.
A informação levou a instituição a reagir em resposta a questões da Lusa, dizendo que cumpre todas as normas no processo de compra do edifício.
Na discussão dos requerimentos, o líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, disse que "mantém o caráter de urgência sobre este tema", uma vez que "o governador terá vinculado a instituição" com esta decisão, perto do fim do seu mandato.
"Entendemos que isto é uma matéria que necessita de esclarecimentos urgentes do governador do BdP", acrescentou Paulo Núncio, que defendeu que a reunião "deve ser agendada o mais rapidamente possível".
Em maio, o Banco de Portugal anunciou que assinou contrato com a Fidelidade para adquirir um edifício nos terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos (Lisboa), para futuras instalações da instituição, pelo valor de 191,99 milhões de euros, e que a concretização final da transação deverá acontecer no final de 2027.
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