Venda do Novo Banco dá ganhos a atuais e antigos gestores
Em 2018 a Lone Star montou uma estrutura para representar, de forma indireta, parte do capital do Novo Banco, na qual os gestores investiram. Com a venda, deverão receber o o respetivo retorno.
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A equipa de gestão do Novo Banco, presidida por Mark Bourke, vai beneficiar com a venda da instituição financeira aos franceses do grupo BPCE por 6,4 mil mlhões de euros, mas os ganhos desta operação poderão chegar também aos antigos administradores do banco, avança o Público esta quarta-feira. No entanto, não se sabe ainda qual será a dimensão das mais-valias da venda nem o número de beneficiários da operação.
Isto acontece porque, em 2018, o fundo americano Lone Star montou uma estrutura, através de uma entidade que, indiretamente, representava uma parte do capital do Novo Banco, na qual os administradores executivos (incluindo o antigo presidente António Ramalho) aplicaram poupanças. Em troca receberiam um retorno consoante o desempenho da instituição bancária portuguesa, o que deverá agora acontecer. Na prática, esta foi uma forma de remunerar os gestores sem ser através da entrega de ações (que o banco não tinha), mesmo que a instituição negue que tenha sido esse o objetivo.
Agora, com a venda do Novo Banco, esta mesma estrutura desaparecerá e os gestores podem ser reembolsados pelo seu investimento indireto. Diz o Público que haverá ganhos para quem investiu, já que o valor de 6,4 mil milhões de euros da venda está bastante acima da avalição feita em 2017 ao Novo Banco na ordem dos 1,33 mil milhões de euros, com base nos mil milhões de euros aplicados pelos norte-americanos para capitalizar o banco do qual compraram 75%.
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