Café que foi de Avillez e é de Mourão vai vender sandes de pernil

O Progresso, o café mais antigo do Porto, que fechou e esteve para ser transformado num restaurante de luxo, foi arrendado pela Casa Guedes, um dos ícones gastronómicos da cidade, que aqui vai replicar o conceito da tasca original.
Rui Neves 07 de Outubro de 2020 às 17:50

"O Café Mais Antigo do Porto", ainda se lê na fachada do Progresso, foi inaugurado em 24 de setembro de 1899 e fechou no Natal de 2018, tendo então sido adquirido pelo grupo José Avillez.

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Pouco tempo antes, o estrelado chef tinha comprado ao empresário Vasco Mourão o controlo (75%) do grupo portuense Cafeína, que é constituído por restaurantes como o Cafeína, o Terra, o Portarossa, o Margherita ou a Casa Vasco.

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"No prédio do Café Progresso, que tem uma localização estrategicamente interessante, prevemos abrir o Cafeína Downtown até ao próximo verão, onde vamos criar cerca de duas dezenas de postos de trabalho", prometia Mourão ao Negócios, a 9 de janeiro do ano passado.

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A ideia passava por replicar o conceito Cafeína no centro da cidade do Porto. Instalado numa charmosa casa do século XIX, na zona nobre da Foz, o Cafeína é o espaço mais internacional deste grupo de restauração, que Mourão recomprou a Avillez em junho passado.

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Mas o tempo passou, a pandemia chegou, sem que o Cafeína Downtown tomasse conta do antigo Progresso.

 

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"Não sei o que irei lá fazer, mas já não será Cafeína Downtown. Tenho tido algumas propostas para o imóvel. Admito até vender ou alugar", confidenciava Vasco Mourão ao Negócios, no final de julho passado.

 

Um mês depois, o dono do grupo de restauração Cafeína chegou a acordo com a sociedade luso-brasileira dona da Casa Guedes, à qual arrendou o imóvel, que se situa na Rua do Ator João Guedes, junto à Praça de Carlos Alberto.

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"Fui abordado, no final de agosto, por um dos sócios da Casa Guedes, que tem em curso um projeto de expansão", contou Mourão ao Negócios.

 

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"Interessa-me ter um inquilino em que perceba que tem um projeto que vai ter sucesso, sendo que a Casa Guedes é uma marca com muita força no Porto, que tem uma probabilidade grande de ter sucesso", explicou o empresário.

 

Confirmando que "a ideia do novo inquilino é replicar neste espaço o conceito original da Casa Guedes", Vasco Mourão encarou esta operação de arrendamento como uma boa solução em tempos de pandemia.

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"É uma forma segura para minimizar o meu risco, pois vivemos tempos muito incertos", rematou.

 

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Vinicius Fraga, um dos sócios da Casa Guedes, adiantou ao Negócios que o terceiro espaço desta pequena rede de restauração deverá abrir "no final de novembro, início de dezembro".

 

A Casa Guedes, conhecida por ter a sandes de pernil mais famosa do Porto, mantém a original na esquina da Praça dos Poveiros com o Passeio de São Lázaro, tendo aberto há um ano, a escassos metros da casa-mãe, um novo restaurante, num edifício de três andares.

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