Continente vale mais 700 milhões três anos após falhanço da OPV
A venda pelo grupo Sonae de 24,99% da Sonae MC à CVC Strategic Opportunities, anunciada este sábado, 31 de julho, acontece quase três anos depois de ter falhado uma oferta pública de venda de ações da empresa retalhista, que iria dispersar até 25% do seu capital.
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A 11 de outubro de 201, apenas uma semana depois de o prospeto ter sido aprovado pela CMVM, o grupo da Maia anunciou a desistência da OPA , alegando "condições adversas nos mercados internacionais".
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No prospeto, a Sonae estimava que a receita bruta fosse de 358,6 milhões de euros, "assumindo o valor mais elevado do intervalo de preço da oferta", lia-se no prospeto. Este era o valor da colocação de 217,36 milhões de ações, ou 21,736%, sem considerar as ações adicionais (até ao limite de 25%) que podiam vir ainda a ser colocadas nos institucionais.
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Considerando o valor máximo do intervalo de preço, e também essa colocação adicional que iria ser posteriormente definida, o encaixe máximo podia atingir os 412 milhões de euros. No preço mínimo o encaixe podia ser de 304 milhões e de 349,9 milhões, respetivamente, pelos 21,736% ou 25%.
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Resultado: o intervalo de preços avaliava a Sonae MC entre 1,4 mil milhões e 1,65 mil milhões de euros.
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Agora, a Sonae chegou a acordo com CVC Strategic Opportunities para a venda de uma posição de 24,99% por 528 milhões de euros, acrescido de um pagamento contingente diferido de até 63 milhões de euros, avaliando a unidade de retalho alimentar da Sonae entre 2,1 e 2,4 mil milhões de euros.
Contas feitas, passados 33 meses sobre a falhada OPA, a Sonae vendeu, grosso modo, a mesma posição do capital da Sonae MC por um valor que a valoriza entre 400 a 700 milhões de euros.
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Além do Continente, a paleta de insígnias da Sonae MC inclui muitas outras, como a Continente Modelo, Continente Bom Dia, MeuSuper, Go Natural, Bagga, Wells, Dr.Wells, Zu ou a Note.
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