Lucros da Inapa recuam 33,3% no semestre

A companhia de distribuição de papel Inapa, cujos dois maiores accionistas são o Estado e o BCP, registou um resultado líquido de um milhão de euros nos primeiros seis meses do ano, uma queda de 33,3% face a igual período de 2014, em que tinha lucrado 1,5 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira, 27 de Agosto, o grupo, após o fecho do mercado.

Entre Janeiro e Junho deste ano, a "holding" – que tem presença em Portugal e mais oito países – registou um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente de 12,2 milhões de euros, menos 13,5% face ao semestre terminado um ano antes.

O EBIT (ou resultado antes de juros e impostos) recuou, em termos homólogos, 14,6%, para nove milhões de euros no primeiro semestre de 2015.

No período em análise – o último em que José Félix Morgado foi CEO da companhia, antes de renunciar do cargo para ir para a liderança do Montepio Geral – as vendas da Inapa foram de 444,1 milhões de euros, menos 4,8% face a igual período do ano passado. Em volume, as vendas caíram 6,3%, para 404 mil toneladas.

A Inapa anunciou ao mercado a 29 de Julho a substituição de José Morgado por Diogo Rezende como presidente da comissão executiva do grupo.

A área de comercialização de papel manteve-se o negócio principal do grupo, com vendas de 379,1 milhões de euros, um EBIT de 9,3 milhões de euros (2,3% das vendas), "reflectindo uma gestão rigorosa dos custos fixos que permitiu atenuar o efeito da quebra nas vendas", explicou, em comunicado, a gestão da empresa.

No negócio de embalagem, as vendas, pelo contrário, avançaram 4,4%, para 33,7 milhões de euros "excluindo o ‘cross-selling’", com o EBIT de dois milhões de euros a representar 5,8% das vendas.

Finalmente, a comunicação visual vendeu 16 milhões de euros (sem vendas intra-grupo), um aumento de 1,9% face a igual período de 2014. O EBIT desta área de negócio representou 1,7% das vendas (300 mil euros).

No final de Junho último, a Inapa consolidava uma dívida líquida de 316 milhões de euros, incluindo securitização, menos 700 mil euros do que no final de 2014 e menos 16,1 milhões de euros do que um ano antes.