Lucros da Sonae recuam 60% após efeito da fusão Zon-Optimus
A Sonae SGPS -, que consolida as contas da área de retalho (alimentar e especializado), as telecomunicações, a gestão de centros comerciais e a área de comunicação, tecnologias de informação, seguros e agências de viagens do grupo -, registou resultados líquidos de 95 milhões de euros, após interesses minoritários, nos primeiros nove meses do ano. Este valor representa um aumento de 47,7% face ao período homólogo e exclui os efeitos da fusão Zon-Optimus e as imparidades registadas no terceiro trimestre de 2013.
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Se forem tidos em conta os efeitos desta fusão, os lucros da "holding" liderada por Paulo Azevedo desceram 60,74% face ao registado nos primeiros nove meses de 2013, altura em que lucrou 242 milhões de euros.
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Mas, "excluindo os efeitos da fusão Zon-Optimus e imparidades registadas no terceiro trimestre de 2013", adianta a administração em comunicado, os lucros obtidos no final do passado mês de Setembro (de 95 milhões de euros) comparam com resultados líquidos de 64 milhões de euros um ano antes, após interesses minoritários. Ou seja, sem os efeitos da fusão Zon-Optimus e das imparidades realizadas no terceiro trimestre do ano passado, os lucros da Sonae registam um crescimento de 47,7%, adianta a mesma fonte.
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Numa "base proforma, de modo a serem directamente comparáveis" e excluindo "os efeitos da fusão Zon-Optimus e imparidades registadas no terceiro trimestre de 2013", o resultado directo do exercício, salienta ainda a gestão da SGPS, antes de interesses minoritários, foi de 92 milhões de euros, mais 20,33% face aos 77 milhões de euros registados um ano antes.
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A título de contextualização, note-se que, há um ano, a Sonae SGPS apresentava, em base proforma, um resultado líquido consolidado, após interesses minoritários, de 283 milhões de euros "significativamente superior ao registado nos primeiros nove meses de 2012 [de 65 milhões de euros] principalmente como consequência dos resultados indirectos registados, que foram fortemente impactados pelo ganho não cash com a fusão entre Zon e a Optimus", justificou a 15 de Novembro de 2013 a gestão.
Nos três primeiros trimestres de 2014, o EBITDA, ou resultado antes de impostos, lucros, depreciações e amortizações, foi de 293 milhões de euros, menos 1,9% do que nos primeiros nove meses do ano passado. Já o EBIT - resultado antes impostos e juros – registou uma evolução positiva homóloga, de 6%, para 162 milhões de euros. A margem de EBITDA (sobre as vendas) registou uma descida de 0,5 pontos percentuais para 8,1%.
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Volume de negócios melhora 4,1%
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Entre Janeiro e Setembro do presente exercício fiscal, a Sonae SGPS consolidou um volume de negócios de 3.610 milhões de euros, mais 4,1% do que em igual período de 2014.
O retalho alimentar, concentrado na Sonae MC, foi responsável por 70,27% do montante global, ou seja 2.537 milhões de euros. Registou, no período em análise, "um aumento de 45 milhões de euros, ou 1,8%, face ao valor alcançado no mesmo período do ano anterior".
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Já o retalho especializado, onde a SGPS detém, dentro e fora de Portugal, marcas como a Worten, Sport Zone e Zippy, o volume de negócios obtido foi de 913 milhões de euros, um crescimento de 86 milhões de euros, ou 10,4%, face a igual período de 2014. A Sonae SR valia no final de Setembro passado 25,29% das vendas da "holding".
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Entre Janeiro e Setembro deste ano, a Sonae SGPS investiu 122 milhões de euros na área de retalho (Sonae MC, Sonae SR e Sonae RP), o que representa mais 11% face aos primeiros nove meses de 2013. No retalho alimentar abriu seis lojas Continente Modelo e outras cinco lojas Continente Bom Dia (estas em parceria com empresários em nome individual) nos últimos 12 meses, adianta a nota enviada às redacções.
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