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APED: Reposição das prateleiras dos supermercados "praticamente normalizada"

Supermercados que fecharam voltaram a abrir e os que estiveram abertos têm a reposição dos produtos praticamente regularizada depois do elevado consumo de segunda-feira ter "limpado" muitas prateleiras sobretudo de bens como leite, água ou enlatados.

Apagão Continente Telheiras
Apagão Continente Telheiras Miguel Baltazar
29 de Abril de 2025 às 12:42

Um dia depois da corrida aos supermercados, sobretudo por bens alimentares básicos, como leite, água ou enlatados, desencadeada pelo apagão, "a reposição das prateleiras encontra-se praticamente normalizada", diz o diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED).

"A operação está hoje toda a funcionar de forma relativamente normal, depois da exigência e do elevado consumo não terem permitido a reposição com a mesma velocidade", explica Gonçalo Lobo Xavier. Embora haja produtos que ainda não estão totalmente repostos, como iogurtes, por exemplo, o diretor-geral da APED, que representa 220 empresas, das quais 60 do retalho alimentar, garante que, um dia depois, "a reposição das prateleiras se encontra praticamente normalizada" e que "durante o dia estará totalmente regularizada".

"Houve uma gestão muito criteriosa por causa da segurança alimentar, com perdas muito baixas, e os colaboradores foram inexcedíveis. Estamos bastante orgulhosos e satisfeitos. Aguentamos bem esta situação extraordinária", realça.

Além disso, "hoje todas as lojas estão abertas", depois de na segunda-feira o corte generalizado do fornecimento de energia elétrica ter levado algumas a fecharem portas, "para preservar a segurança de trabalhadores e clientes e também a segurança alimentar". Gonçalo Lobo Xavier assegura que "a maioria" dos supermercados estiveram a operar, até porque os meios de pagamento estavam a funcionar, embora sem precisar o número exato de quantos espaços encerraram.

Segundo a APED, "mais de 80%" das "mais de 4.500 lojas - incluindo retalho alimentar e especializado - das suas empresas associadas "estiveram abertas".

Comércio de proximidade com muitas portas fechadas

Já à margem da grande distribuição o cenário foi distinto, com o secretário-geral da Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA), que representa perto de 300 empresas, entre grossistas e retalhistas do alimentar, com um universo de aproximadamente 2.000 supermercados: "O comércio alimentar, nomeadamente os supermercados e as mercearias tiveram de fechar em face da quebra de energia, a qual tem implicações em múltiplos domínios, nomeadamente nos sistemas e meios de pagamento".

Com sensivelmente 24 horas volvidas desde o apagão as contas, essas, estão ainda por apurar: "Vamos monitorizar junto das empresas associadas os impactos reais desta grave quebra de energia", diz Luís Brás, ao Negócios.

Ao final da tarde, na sequência de um questionário enviado aos associados, a ADIPA dava conta de que no universo das retalhistas que responderam apenas uma relatou que manteve atividade na segunda-feira, "embora com limitações, nomeadamente de faturação e com restrição de artigos disponíveis para venda", tendo estado "focadas na disponibilização de bens essenciais". Em causa figuram sobretudo comércio de proximidade, "com a maioria das lojas situadas fora dos grandes centros urbanos", realça a associação. Já as restantes empresas fecharam os espaços de venda, frisa.

Já no ramo do comércio grosso, sensivelmente seis em cada dez empresas associadas da ADIPA que responderam ao inquérito, à luz dos dados apurados até às 17h40, encerraram a atividade por completo. 

(Notícia atualizada às 18h, com informação adicional da APED indicando peso das lojas abertas na segunda-feira e, posteriormente, com dados atualizados pela ADIPA)

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