Retalho cresceu 3,8% no primeiro semestre. Promoções valem 45,5% das vendas
As empresas de distribuição aumentaram as vendas em 3,8% no primeiro semestre do ano para 8,9 mil milhões de euros. As promoções continuam a aumentar o peso no volume de negócios do sector, representando 45,5%.
O sector do retalho, alimentar e não alimentar, alcançou um volume de vendas de 8,9 mil milhões de euros na primeira metade do ano. Um número que traduz um crescimento de 3,8%, face ao mesmo período de 2016, e o contínuo desempenho positivo que o sector tem registado.
O segmento não alimentar foi o que registou o maior crescimento, tendo evoluído 4,5% para 3,7 mil milhões de euros, de acordo com o Barómetro de Vendas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) apresentado esta terça-feira, 29 de Agosto.
No entanto, o sector alimentar continua a ser o que tem o maior peso em termos do volume de vendas ao atingir 5,2 mil milhões de euros no primeiro semestre, mais 3,3% face a 2016.
Os dados apresentados esta terça-feira pela APED também mostram que as vendas de produtos alimentares com promoção continuam a crescer e já são praticamente metade do total das vendas dos supermercados.
De Janeiro a Julho, 45,5% dos produtos vendidos foram em promoção, um aumento face aos 44,5% registados em igual período do ano anterior.
Ana Isabel Trigo Morais, directora-geral da APED, vê esta tendência como o desenvolvimento "de uma dinâmica muito competitiva" no sector. "É uma tendência que se instalou no mercado europeu e em Portugal também se tem vido a registar de forma intensa", comentou, acrescentando que na visão da APED demonstra "a maturidade do mercado" e significa que "o mercado está a funcionar".
O relatório mostra ainda um ligeiro crescimento de 0,5 pontos percentuais das vendas da marca própria das empresas de distribuição de mercado.
Analisando por categorias, no sector alimentar os produtos que registaram um maior crescimento foram as bebidas (+10%), os congelados (+5,4%) e perecíveis (+4,4%).
No segmento não alimentar, os smartphones e os grandes electrodomésticos, nomeadamente os frigoríficos lideraram as subidas com evoluções de 17,% e 10,1%, respectivamente.
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