Tribunal de Justiça da UE confirma coima de 880 milhões contra suecos da Scania

O Tribunal Geral da União Europeia recusou o recurso do grupo sueco que tentou imputar uma coima imposta no âmbito de um dos maiores processos de concorrência alguma vez vistos contra fabricantes de camiões. O caso remonta a 2017.
Scania
Bloomberg
Fábio Carvalho da Silva 02 de Fevereiro de 2022 às 13:25

O Tribunal Geral da União Europeia, um organismo pertencente ao Tribunal de Justiça da União Europeia, negou o recurso do grupo sueco Scania, fabricante de camiões, confirmando assim a coima de 880,52 milhões de euros imposta pela Comissão Europeia por violação das regras da concorrência através da participação em cartel, informou o tribunal, através de uma nota de imprensa.

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O processo diz respeito a uma onda de sanções impostas pela Comissão Europeia em 2017 a várias marcas de camiões que operam no bloco europeu, depois do órgão executivo ter descoberto um alegado esquema de cartel entre 1997 e 2011. MAN, Volvo/Renault Trucks e Daimler foram algumas das empresas multadas.

A Daimler Trucks  foi quem pagou a coima mais elevada, tendo sido condenada a desembolsar cerca de mil milhões de euros, o montante mais caro alguma vez pago por uma empresa, na sequência de um procedimento por violação nas normas que regem a concorrência na UE.

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A MAN foi a única que conseguiu escapar à sanção, já que foi a empresa que denunciou o cartel.

«A decisão desta quarta-feira marca o fim da nossa investigação a um cartel que durou muito tempo, 14 anos. Este cartel envolveu os principais fabricantes de camiões médios e pesados vendidos na Europa e que representam cerca de três quartos do transporte de bens na região", referiu na altura  a Comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, citada pela Bloomberg.

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