Duro Felguera revela plano de reestruturação. Mota-Engil sem colocar dinheiro

A espanhola Duro Felguera revelou esta terça-feira o plano de reestrututação que o conselho de administração da empresa detida a 12% pela Mota-Engil aprovou. A construtora portuguesa fica de fora da injeção de capital no valor de 10 milhões, mediante um empréstimo capitalizável, que foi solicitada ao Grupo Prodi, maior acionista da empresa e que detém 49% da Mota-Engil México, sociedade através da qual a empresa liderada por Carlos Mota dos Santos está presente no capital da Duro Felguera.

O plano prevê, entre outros aspetos, um perdão total da dívida de 14,1 milhões a um conjunto de bancos, que incluem o BBVA, Sabadell, Santander e CaixaBank, e também da dívida de seis milhões a uma empresa pública de promoção do investimento nas Astúrias.

O plano estabelece ainda que a Duro Felguera deverá vender muitas das suas filiais, concentrando-se nas operações "core".

A Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV), que tinha suspendido de forma "cautelar" a negociação das ações da empresa, já levantou essa restrição. Os títulos da Duro Felguera escalam neste momento mais de 13%, para os 0,25 euros.