Mota-Engil prevê assinar contrato do túnel imerso do Brasil até ao fim do ano
O grupo português confirmou esta terça-feira à CMVM ter ganhado a concessão por 30 anos do túnel Santos-Guarujá, que tem previsto um investimento que ascende a 1,255 mil milhões de euros.
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A Mota-Engil confirmou esta terça-feira, em comunicado ao regulador, que venceu no final da semana passada o leilão para a atribuição da concessão do túnel Santos-Guarujá, no litoral de São Paulo, no Brasil.
“No seguimento de um pedido da CMVM”, diz, o grupo liderado por Carlos Mota dos Santos confirma que a sua subsidiária Mota-Engil Latam Portugal ganhou esta obra, mas sublinha “que se trata apenas da primeira fase de um processo conducente à adjudicação e posterior assinatura da documentação contratual, que se estima possa acontecer até final do corrente ano”.
A concessão tem previsto um montante de investimento ascenderá a cerca de 8 mil milhões de reais (cerca de 1,255 mil milhões de euros), dos quais até 5,8 mil milhões de reais (cerca de 912 milhões de euros) virão de aportes públicos divididos igualmente entre o governo de São Paulo e o governo federal brasileiro, sendo o restante da responsabilidade da empresa concessionária.
A concessão daquele que será o primeiro túnel imerso do Brasil e o maior da América Latina, terá a duração de 30 anos.
Na passada sexta-feira o Negócios tinha já noticiado que o grupo português derrotou a espanhola Acciona no leilão para escolher a concessionária responsável pela construção, operação e manutenção do túnel.
A obra, que deverá ser concluída até 2030, está prevista, segundo o Governo brasileiro, há quase 100 anos e visa tornar as duas cidades mais próximas — hoje as deslocações por estrada demoram quase uma hora, sendo a outra opção a travessia por “ferry”. O túnel terá 1,5 quilómetros de extensão, dos quais 870 metros submersos, e vai permitir que a travessia entre Santos e Guarujá possa ser feita em menos de cinco minutos.
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