A horas de apresentar as contas da primeira metade do ano, a Mota-Engil anunciou a assinatura de mais três contratos em três mercados distintos com um valor global de 560 milhões de euros. A carteira de encomendas da construtora liderada por Carlos Mota dos Santos é assim reforçada para "níveis recorde", onde se encontra "desde 2024". 

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil detalha que assinou um contrato que inclui "o desenho e a construção do primeiro troço adjudicado da ligação ferroviária Querétaro–Irapuato [no México], com uma extensão total de 30,3 km". O mercado mexicano tem vindo a ganhar peso no negócio da construtora portuguesa, sendo responsável no final do primeiro trimestre deste ano por 17% da carteira de encomendas, apenas atrás de Angola. Nos primeiros três meses do ano, a empresa tinha assinado contratos no valor de 515 milhões de euros.

Em Portugal,  a Mota-Engil vai construir um "projeto residencial em Lisboa", num contrato com 29 meses de duração e um valor de 108 milhões de euros. Recentemente, a empresa tinha revelado que a adjudicação ao consórcio LusoLav do primeiro troço da alta velocidade iria render cerca de 800 milhões de euros em obra.

Por último, a assinatura de "contratos adicionais no âmbito do Work Stream II do Aeroporto Internacional de Bugesera [no Ruanda]" somam um valor de 162 milhões de euros. Este projeto, diz a empresa, "será um polo de conexão muito relevante no continente africano". 

A construtora não mencionou a recente consignação da empreitada de construção da primeira fase de infraestruturas da marginal da Corimba, em Luanda, orçada em 245,2 milhões de euros e anunciada pelo governo angolano.

A adjudicação destes novos contratos "reforça a carteira de encomendas do grupo, que se encontra em níveis recorde desde 2024", frisa a Mota no comunicado enviado à CMVM.