Ações da Puma disparam 20% com família Pinault a avaliar possível venda

Já perdeu mais de metade do valor em bolsa nos últimos 12 meses, à medida que tem enfrentado dificuldades e crescente competição no mercado em que opera - fatores que terão influenciado a decisão da família que detém 29% do capital da empresa.
Ações da Puma disparam face a possível venda pela família Pinault
AP/Christof Stache
João Duarte Fernandes 25 de Agosto de 2025 às 15:56

A família Pinault estará a estudar opções para o futuro da empresa de vestuário desportivo Puma e não deixa de fora da mesa uma possível venda da participação que detém na empresa alemã, avançou a Bloomberg. A notícia está a ter uma repercussão positiva nas ações da Puma que nesta segunda-feira, 25 de agosto, registaram a maior valorização intradiária (cerca de 20%) desde outubro de 2021. A esta hora, segue a ganhar mais de 17%.

Cotada em Frankfurt, a Puma já perdeu mais de metade do valor em bolsa nos últimos 12 meses, à medida que tem enfrentado dificuldades e crescente concorrência no mercado em que opera, além de incerteza gerada pelas tarifas norte-americanas – fatores que terão influenciado a decisão da família que detém 29% do capital da empresa.

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A família francesa, que é uma das mais ricas do mundo, estará a trabalhar com consultores e entrou em contacto com potenciais compradores, incluindo as chinesas Anta Sports Products e Li Ning, para avaliar o possível interesse na Puma, disseram fontes citadas pela agência de notícias financeiras.

Outras empresas de roupa desportiva dos Estados Unidos (EUA) e fundos soberanos de países do Médio Oriente terão sido igualmente contactados.

Ações da Puma disparam após possível venda da participação da família Pinault
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O “clã” Pinault detém uma participação de quase 30% na Puma através da Artémis, a acionista controladora da Kering, detida por esta família.

A empresa tem agora um valor de mercado de cerca de 3,2 mil milhões de euros e, apesar de as deliberações que parecem estar em curso, não há garantias de que a transação venha a concretizar-se. Um porta-voz da Puma recusou-se a comentar, enquanto os representantes da Artémis, Anta e Li Ning não responderam aos pedidos de esclarecimento da Bloomberg.

A empresa alemã nomeou recentemente um ex-executivo da Adidas, Andreas Hubert, como diretor de operações numa tentativa de dar a volta ao período conturbado que tem atravessado. Fundada em 1948, a Puma registou um lucro de mais de 281 milhões de euros no ano passado e vendas de 8,8 mil milhões de euros. Conta atualmente com uma força de trabalho global de aproximadamente 22 mil funcionários.

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