Benfica vai usar “excesso de liquidez” para recomprar até 10% do capital em bolsa
O Benfica voltou aos lucros, beneficiando das vendas de jogadores, aumentou o ativo e o passivo encolheu. Na apresentação dos resultados referentes à época de 2024/2025, e quando falta pouco mais de um mês para as eleições no clube, a gestão aponta a eventuais excessos de liquidez que serão investidos em ações e obrigações. Programa de recompra será de, no máximo, 10% do capital atualmente em bolsa.
Nas “perspetivas futuras”, no final da apresentação das contas da SAD, além da tradicional “ambição desportiva”, com a “conquista de títulos, projeção e competitividade internacional e afirmação europeia na Liga dos Campeões”, surge também o plano para chegar aos 500 milhões em receitas, além do “Benfica District” revelado por Rui Costa.
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Entre as várias ambições está outra que faz fé no crescimento das receitas que, tendencialmente se traduzirão em resultados mais positivos, a menos que os gastos crescem na mesma proporção, para antecipar “excessos de liquidez”.
Neste sentido, a SAD liderada por Rui Costa aponta à “elaboração de programa de compra de ações e obrigações próprias para aplicação de excessos de liquidez”, refere o documento enviado à CMVM.
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As recompras de ações são feitas, habitualmente, quando a perspetiva é a de que a cotação de uma qualquer empresa em bolsa não reflete a realidade da cotada. E é isso que acontece neste caso: “achamos que a cotação atual não reflete o real valor do clube, pelo que, como forma também de remunerar os acionistas, estamos dispostos a fazer operações de mercado para comprar ações próprias”, diz o CFO do Benfica, Nuno Catarino ao site do clube.
Nesta última sessão, os títulos cederam 2,09% para 5,62 euros, mas este ano, a SAD do Benfica tem valorizado de forma expressiva, com os títulos a somarem 72,92% no PSI Geral. Ainda assim, o plano de recompra de ações está desenhado: “é um programa de 18 meses, que é o máximo possível, e até 10% do capital”, diz o responsável pelas contas.
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A ideia, acrescenta, não é tirar a SAD de bolsa. “Não, retirar a SAD da bolsa, estamos longe desse fator, até porque temos acionistas com relevo minoritário”, diz o CFO, isto depois de a Lenore Sports Partners ter passado a ser detentora de 5,24% do capital da Benfica SAD ao adquirir em leilão os títulos que anteriormente eram do ex-presidente, e atual candidato à presidência, Luís Filipe Vieira.
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