FIFA quer reformar o seu comité executivo
A FIFA vai propor que sejam retiradas algumas responsabilidades ao seu próprio comité executivo. Esta proposta deverá ser apresentada já em Setembro durante um encontro daquele órgão, passando a mesma pela perda de responsabilidades relacionadas com a gestão do dia-a-dia do organismo que tutela o futebol mundial.
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Segundo o Wall Street Journal, que cita uma fonte envolvida no processo, será Domenico Scala, presidente da comissão de auditoria e conformidade da FIFA, a apresentar uma proposta que passa pela retirada de poderes ao órgão actualmente composto por 25 elementos. E apesar de ser necessário que o próprio comité executivo aprove tal proposta, a cúpula da FIFA acredita ser possível fazer passar a alteração pretendida num momento em que a credibilidade do organismo permanece fortemente abalada.
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A proposta a apresentar por Scala deverá também contemplar a imposição de limites de mandatos aos mais altos dirigentes da FIFA, algo que o presidente demissionário do organismo, Joseph Blatter, defendeu quando a 2 de Junho apresentou a sua demissão. Nessa altura, Blatter sustentou que "a FIFA precisa de uma profunda reforma" e que "precisamos de impor limites aos mandatos". Dias antes, a 29 de Maio, Sepp Blatter havia sido eleito para um quinto mandato consecutivo à frente da FIFA.
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A evolução da posição do suíço Blatter, que tanto em 2013 como em 2014 se mostrou contrário à limitação de mandatos então sugerida no seio da instituição, surge no seguimento dos escândalos relacionados com suspeitas da prática de corrupção por parte de vários dirigentes e antigos dirigentes da instituição responsável pela gestão do futebol mundial.
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Com eleições já agendadas para 26 de Setembro de 2016, Blatter e Scala deverão apresentar, durante a reunião agendada para 24 de Setembro, em Zurique, uma proposta para que o presidente, o secretário-geral e o comité executivo da FIFA possam cumprir um máximo de dois ou três mandatos seguidos. De acordo com esta proposta, os candidatos às referidas posições seriam considerados inelegíveis se nas associações de futebol de origem não houver também uma regra de limitação de mandatos instituída.
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O projecto que Scala estará já a ultimar deverá também prever a redução, de 25 para 12, do número de elementos que compõem o comité executivo, bem como a contratação de gestores a tempo-inteiro para lidarem com operações relacionadas com os contractos de transmissões televisivas e de patrocínios.
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