Vítor Murta é o principal alvo das buscas no Boavista. Tudo o que se sabe até agora sobre a operação da PJ
Clube dos axadrezados é alvo de investigação por crimes de corrupção.
A Polícia Judiciária do Porto está esta terça-feira a fazer buscas no Boavista Futebol Clube, por suspeitas de crimes de corrupção. O ex-presidente do clube, Vítor Murta, é o principal alvo das buscas.
Investigam-se vários casos de corrupção e gestão danosa que atiraram os axadrezados para a insolvência e descida para os distritais. Na sexta-feira foi anunciado que o Boavista não se podia inscrever em nenhuma prova da Federação Portuguesa de Futebol, depois do Plano de Recuperação de Empresas (PER) ter sido recusado.
À chegada da PJ, havia já pessoas no interior do Estádio do Bessa que recusaram abrir a porta aos inspetores, fazendo sinais indicando que não teriam a chave, pelo que as autoridades tiveram de forçar a entrada. A PJ arrombou a porta com recurso a um ariete.
Estão também a decorrer buscas domiciliárias, nomeadamente na casa de Vítor Murta, não domiciliárias a dirigentes e não dirigentes. Em causa está a gestão do clube durante o mandato de Vítor Murta.
O Correio da Manhã sabe que estão envolvidos dezenas de inspetores nesta operação que poderá levar a detenções. A operação é levada a cabo pelo DIAP do Porto.
As buscas surgem poucos dias após o clube ter feito um pedido de insolvência devido às dificuldades financeiras que se agravaram nas últimas épocas. O Boavista desceu à II Liga na última época, mas a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não aceitou a inscrição nesse patamar, nem nas III e IV Ligas, por não preencher os requisitos financeiros.
O clube viu ainda o requerimento de um Plano Especial de Recuperação de Empresas ser recusado.
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