Nas últimas semanas tem-se intensificado a especulação de que a Cemig, que aumentou este ano a sua participação na rival Light, possa adquirir o controlo da Ampla (detida maioritariamente pela espanhola Endesa), referem o portal Terra e a Reuters.

Alguns analistas referiram também, recentemente, que a eléctrica de Minas Gerais poderia comprar igualmente alguns activos da Energias do Brasil, controlada pela EDP.

Djalma Bastos afirmou que a Ampla e a Cemig poderiam gerar todos os tipos de sinergias. No entanto, o “Estado de São Paulo” divulgava a 12 de Novembro passado que a Endesa não pretende vender quaisquer dos seus activos no Brasil e outras publicações brasileiras têm avançado a mesma informação.

Se a Cemig não conseguir chegar a acordo para comprar a Ampla, poderá tentar a via de uma “joint-venture”, referiu Bastos, citado pela Reuters. A Ampla é responsável pela distribuição de energia em 66 municípios, equivalentes a 73,3% do território do Rio de Janeiro, sublinha “O Globo”.

A Cemig, sedeada em Belo Horizonte, é composta por 49 unidades e 10 consórcios no sector da energia. Os analistas do sector, citados pelo portal Terra, dizem que o sector da distribuição de energia tem de consolidar-se para lidar com as crescentes pressões governamentais e para reduzir preços.

A Cemig anunciou ontem que irá pagar 340,5 milhões de dólares pela aquisição de 9,75% (19,9 milhões de acções ordinárias) do capital da Light, sedeada no Rio de Janeiro. O acordo deverá estar concluído entre 1 e 6 de Outubro deste ano. A Cemig detinha já 13,03% do capital da empresa carioca.

A EDP, liderada por António Mexia, segue a ganhar 0,17% para 2,89 euros.