Os donos do Hospital de Cascais estão interessados em explorar mais parcerias público-privadas (PPP) em Portugal. Os espanhóis Ribera admitiram publicamente que veem Portugal como foco de expansão, além de estarem interessados numa nova geografia. 

O grupo de Valência assumiu a gestão do Hospital de Cascais em 2023, depois de ganhar o concurso no ano anterior, e está agora a olhar para a exploração de novas unidades. O Governo lançou, a 7 de março, o processo de atribuição de PPP em cinco hospitais, quatro dos quais já tiveram gestão privada. 

São estes, segundo o El Economista, os que o grupo tem particular interesse. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, foi o responsável por anunciar que os hospitais de Braga, Loures, Amadora-Sintra e Vila Franca de Xira vão voltar ao regime público-privado, onde anteriormente se tinham observado bons resultados com a gestão particular. O hospital em falta é o de Garcia de Orta, em Almada, cuja gestão tem estado sempre a cargo do Estado. 

O Governo indicou na altura que em causa estariam além dos hospitais as unidades de cuidados primários agregadas a cada hospital, vulgarmente conhecidas como centros de saúde.

O arranque do processo foi dado antes do Governo entrar em gestão, significando que o Executivo de Luís Montenegro deu ordem para que fossem preparados os cadernos de encargo para a realização dos concursos públicos internacionais. Leitão Amaro lembrou que as "PPP na saúde precisam de ser atribuídas num processo aberto, transparente e concorrencial". No entanto, todo este processo depende da decisão que venha a ser tomada pelo Governo que resulte das eleições do próximo domingo, 18 de maio.

O Hospital de Cascais sob a gestão dos Ribera serve atualmente 75 mil utentes sem médico de família nos concelhos de Cascais e Sintra, isto depois de ter sido traçado um protocolo no âmbito do Plano de Emergência da Saúde.