A administração da Grounforce, que integra representantes da TAP, diz que não foi informada pela companhia do facto de esta "estar a negociar directamente com os seus concorrentes" um novo fornecedor de ‘handling’.

Num comunicado divulgado sexta-feira, em reacção a uma notícia do JdN onde se dava conta de que a TAP se prepara para contratar os serviços de outro operador, a Groundforce "exprime a sua perplexidade e surpresa perante o tratamento público dado à questão, incluindo as afirmações atribuídas ao presidente executivo da TAP".

Tal como o JdN avançou, esta decisão está a ser estudada pela administração da TAP e poderá ser concretizada até final do ano, sendo a Portway um dos eventuais novos fornecedores.

Também os espanhóis da Globália, empresa que detém 51% da Groundforce, numa nota enviada à imprensa, mostraram-se surpreendidos com "tal atitude, tanto mais que contrasta com o clima em que os dois accionistas [a TAP tem 49% da Groudforce] procuram construir as bases para responder melhor às novas e crescentes necessidades operacionais da TAP enquanto cliente".

A transportadora, por sua vez, opta por uma resposta evasiva face à notícia avançada pelo JdN. "Neste momento a TAP confia em que a Groundforce será capaz de responder às necessidades de melhoria da qualidade do serviço prestado aos seus clientes", afirmou fonte oficial da transportadora, não se pronunciando sobre o que se passará num futuro próximo.

A escolha do futuro administrador- delegado da Groundforce, prevista para Setembro, será determinante para saber o futuro desta difícil parceria.