Impresa regressa aos lucros no segundo trimestre e supera previsões
A Impresa anunciou esta manhã que obteve um resultado líquido de 3,89 milhões de euros entre Abril e Junho deste ano, depois de três trimestres consecutivos de prejuízos. Ainda assim, os lucros desceram 27,2% no segundo trimestre e no acumulado do semestre a empresa continua em terreno negativo.
A Impresa anunciou esta manhã que obteve um resultado líquido de 3,89 milhões de euros entre Abril e Junho deste ano, depois de três trimestres consecutivos de prejuízos. Ainda assim, os lucros desceram 27,2% no segundo trimestre e no acumulado do semestre a empresa continua em terreno negativo.
Os lucros do segundo trimestre comparam com o resultado líquido de 5,35 milhões de euros no período homólogo e os 2,9 milhões de euros estimados pelo Espírito Santo Research.
A Impresa regressa assim aos lucros depois de três trimestres em que registou sempre prejuízos (4,9 milhões no terceiro de 2008; 24,7 milhões no quarto trimestre de 2008 e 6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano).
Apesar da melhoria no segundo trimestre, a Impresa continua com prejuízos no primeiro semestre do ano (2,17 milhões de euros), o que compara com lucros de 5,02 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano passado.
Ainda assim, a empresa liderada por Pinto Balsemão reiterou, no comunicado onde apresenta os resultados, a estimativa de que irá terminar o ano com lucros. Para atingir esse objectivo, terá que conseguir lucros acima de 2,17 milhões de euros na segunda metade do ano.
EBITDA reduzido a menos de metade e corte de custos
Também nos restantes indicadores operacionais a Impresa registou uma melhoria do primeiro para o segundo trimestre.
Entre Abril e Junho o EBITDA atingiu 10,85 milhões de euros, uma queda de 30% face ao período homólogo, mas que representa uma melhoria face ao valor negativo do primeiro trimestre do ano.
Assim, no primeiro semestre o EBITDA foi positivo em 9,47 milhões de euros, uma queda de 55,5% contra os primeiros seis meses do ano passado.
Os resultados da Impresa não são directamente comparáveis, que houve uma alteração no perímetro de consolidação. No segundo trimestre do ano passado a Impresa tinha também beneficiando com o facto de ter transmitido o Mundial de Futebol de 2008 e o Rock in Rio.
Daí que as receitas tenham descido 11,9% no segundo trimestre, para 67,19 milhões de euros. Na Televisão as receitas desceram 16,5%, enquanto na área de Publishing (jornais e revistas) a queda foi de 22,4%. No digital o volume de negócios recuou 32,2%, mas a unidade atingiu um EBITDA positivo pela primeira vez.
A contribuir para a queda das receitas totais no trimestre, esteve sobretudo a descida de 19,3% nas receitas de publicidade. Na subscrição de canais a subida foi de 13,9%, enquanto nas vendas de publicações o aumento atingiu 30,7% (devido sobretudo ao aumento do perímetro de consolidação na área de revistas, que passou de 50% para 100%).
A beneficiar as contas da Impresa esteve também o corte de custos operacionais, que atingiu 7,3% para 60,77 milhões de euros no trimestre (17,7% em termos comparáveis). No semestre a descida foi de 2,9%.
Em sentido inverso, os resultados financeiros agravaram-se em 22,1% no trimestre, para 3,5 milhões de euros. Um reflexo sobretudo do aumento da dívida, que cresceu para 257,6 milhões de euros, contra 202,3 milhões de euros em Junho do ano passado.
As acções da Impresa fecharam a subir mais de 10% na sexta-feira.
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