Lucros da siderúrgica ArcelorMittal sobem 72% até setembro para 2.561 milhões
O volume de negócios da empresa recuou 3% em termos homólogos, para 46.381 milhões de dólares (39.922 milhões de euros).
O lucro líquido do grupo siderúrgico ArcelorMittal subiu 72% até setembro para 2.975 milhões de dólares (2.561 milhões de euros), avançou esta quinta-feira a empresa com sede no Luxemburgo.
O lucro operacional ascendeu a 3.301 milhões de dólares (2.839 milhões de euros), o que representa um aumento de 18,7% em relação ao mesmo período de 2024.
Por outro lado, o volume de negócios da empresa recuou 3% em termos homólogos, para 46.381 milhões de dólares (39.922 milhões de euros).
O principal fator de influência dos lucros foi o impacto positivo de um "item excecional" de 1.065 milhões de dólares (916 milhões de euros) nos primeiros nove meses de 2025, devido principalmente a um ganho de 1.742 milhões de dólares (1.498 milhões de euros) resultante da compra da participação de 50% da japonesa Nippon Steel na 'joint venture' AM/NS Calvert (Estados Unidos) em junho.
Esta operação, juntamente com os outros 50% que a ArcelorMittal já detinha no grupo, levou-a a controlar "uma das fábricas de aço mais avançadas da América do Norte", segundo afirmou a empresa sediada no Luxemburgo ao anunciar a operação.
A ArcelorMittal também destacou o aumento da sua produção de minério de ferro nos primeiros nove meses do ano (35,7 toneladas métricas, contra 29,8 no ano anterior).
O presidente executivo da empresa, Aditya Mittal, classificou estes resultados como "resilientes", apesar do trimestre sazonalmente fraco que é o período entre julho e setembro.
"A força subjacente do negócio é mais uma vez evidente nas margens estruturalmente mais elevadas obtidas durante os primeiros nove meses do ano", afirmou.
O presidente executivo também destacou a proposta da Comissão Europeia de "medidas comerciais reforçadas", que, na sua opinião, "apoiarão a capacidade da indústria siderúrgica europeia de melhorar a utilização da capacidade, aumentar a rentabilidade e investir com confiança no futuro", e zelou pela rápida aprovação.
No início do mês passado, o executivo comunitário apresentou uma proposta comercial para o setor siderúrgico, com o objetivo de limitar o volume de importações a baixo preço que chegam à União Europeia. A intenção é reduzir a quota de mercado das importações para aproximadamente metade dos níveis recentes.
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