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Recursos naturais lideram retornos em 2007

O último mês foi marcado por sucessivos máximos nos preços dos principais recursos naturais, como são os casos do petróleo e do ouro. Ainda na sexta-feira (19 de Outubro), o barril petróleo ultrapassou a barreira histórica dos 90 dólares, em Nova Iorque.

25 de Outubro de 2007 às 10:00

O último mês foi marcado por sucessivos máximos nos preços dos principais recursos naturais, como são os casos do petróleo e do ouro. Ainda na sexta-feira (19 de Outubro), o barril petróleo ultrapassou a barreira histórica dos 90 dólares, em Nova Iorque.

Uma tendência que tem sido seguida pelo metal precioso, que na semana passada atingiu o valor mais alto em 27 anos (765,40 dólares). Nesta corrida aos recursos naturais, quem ganha são também os investidores.

Que o digam os portugueses que têm aplicações nos fundos de investimento em recursos naturais. É que esta é a categoria que este ano tem proporcionado os maiores retornos - mais de 46% - em parte graças a um mês de recordes para as matérias-primas.

Apesar da boa "performance" verificada até agora, os gestores esperam um desempenho ainda melhor. Tudo porque o petróleo e o ouro deverão continuar a valorizar, neste contexto de maior volatilidade para os mercados financeiros tradicionais.

Os fundos especializados em recursos naturais são os mais rentáveis entre as 67 categorias de fundos existentes no mercado português, tanto a curto como a longo prazo.

Renderam aos investidores 15,72% no último mês, valor que triplica para 46,08% desde o início do ano, de acordo com os últimos dados da Morningstar, relativos a 19 de Outubro. Muito próximo no curto prazo estão os fundos de ouro e metais preciosos, cuja política de investimento é menos abrangente, com um retorno mensal de 15,68% e anual de 16,64%.

O bom desempenho desta categoria resulta sobretudo da "valorização das petrolíferas, que beneficiaram dos máximos históricos do petróleo no último mês", como explica Ian Henderson, gestor do JPMorgan Global Natural Resources, um dos melhores fundos da classe vendidos em Portugal, em entrevista telefónica ao Jornal de Negócios.

No último mês, este produto da JPMorgan Asset Management apresenta uma rendibilidade de 14,85%, desempenho que melhora para 39,95% em termos anuais. O melhor fundo da classe é, contudo, o Merrill Lynch World Mining, que investe apenas em empresas mineiras de todo o mundo. Rende 18,74% no último mês e 55,8% em 2007.

Mas estes números beneficiam apenas quem já investiu. No entanto, os gestores acreditam que o sector deverá produzir efeitos semelhantes a quem ainda não investiu. Sobretudo porque os preços do petróleo e do ouro deverão continuar a subir.

De acordo com Ian Henderson, existem condições para o petróleo atingir os 100 dólares ainda este ano, assim como "um sentimento a nível mundial muito favorável" em relação ao ouro. A procura mundial deste metal precioso continua a crescer, principalmente por parte dos países emergentes.

Já Peter Konigbauer, gestor da Pioneer Investments, destaca a importância de os investidores estarem expostos às matérias-primas num contexto de maior volatilidade nos mercados accionistas e de dívida, como aconteceu recentemente.

"As matérias-primas tendem a ter bons desempenhos em períodos fracos para os mercados de acções e obrigações. O que quer dizer que usar as matérias-primas como complemento de um "portfolio" permite aliviar as flutuações nos retornos das acções e das obrigações", explica Peter Konigbauer. Perante as perspectivas positivas, o gestor conclui que "as matérias-primas são um investimento que se adequa a todos os tipos de investidores".

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