Registo de novas empresas cresce na UE, mas falências também aumentam
Os dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat revelam que a criação de novas empresas na União Europeia aumentou 5,3% no segundo trimestre de 2021, face ao trimestre anterior. Já as falências cresceram 1,8%.
O registo de novas empresas na União Europeia (UE) cresceu 5,8% no segundo trimestre de 2021 face ao trimestre anterior, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Eurostat. O gabinete de estatística da União Europeia revela ainda que as declarações de falência na UE também cresceram, ainda que a um ritmo menos acelerado, de 1,8%.
Já a comparação com o período homólogo revela que o registo de novas empresas disparou 53% na UE, enquanto o número de falências aumentou 24%.
O Eurostat explica que a quebra do número de falências nos dois primeiros trimestres de 2020, que foi de -16% e -23%, respetivamente, pode ser explicada com as medidas adotadas pelos vários Governos para fazer face ao impacto imediato da crise pandémica, o que poderá ter travado alguns encerramentos.
O gabinete de estatística da UE revela ainda, com mais detalhe, os números relativos ao primeiro trimestre de 2021. Na UE, o registo de novas empresas manteve-se estável, com uma ligeira subida de 0,3% face ao trimestre anterior. Na zona euro, houve uma quebra de 0,1%. Portugal é o segundo país com maior quebra no registo de novas empresas
Portugal é o segundo país com maior quebra no registo de novas empresas
No que toca ao registo de falências, a subida na UE foi de 5,8% face ao trimestre anterior, enquanto a zona euro registou mais 1,8% de encerramentos.
Em Portugal, o número de falências registadas no primeiro trimestre de 2021 caiu 8,9% face ao trimestre anterior.
As maiores quebras foram registadas na Letónia (-42,2 %), Estónia (-23,7 %) e Holanda (-20,1 %). As maiores subidas foram sentidas na Roménia (+72,1 %), Polónia (+16,6 %) e Espanha (+16,2 %).
Alojamento e alimentação lidera falências
O Eurostat detalha ainda que os setores dos transportes, informação e comunicação foram os que registaram uma maior subida na criação de empresas, enquanto que as falências foram sentidas foram sentidas nos serviços de alojamento e alimentação, educação, saúde e serviços sociais e retalho.
O gabinete alerta que os dados em análise foram disponibilizados de forma voluntária pelos países da UE, pelo que as estatísticas deverm ser encaradas "de forma experimental", uma vez que não contêm informação sobre todos os países.
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