O prejuízo líquido da Martifer agravou-se em 15% em 2012 e saldou-se nos 55,9 milhões de euros, num ano em que as suas receitas caíram 10,7% para 491,4 milhões de euros, segundo os resultados divulgados junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A deterioração das receitas levou o EBITDA a recuar 55,9% para 3,9 milhões de euros, no ano passado, resultando uma margem operacional de 0,8%.

Em 2012, a cotada viu o impacto negativo dos resultados financeiros aumentar 37,6% para 36,3 milhões de euros, sendo que o total dos encargos reflecte um valor líquido de juros de 19 milhões de euros, diferenças de câmbio desfavoráveis em 4,6 milhões e custos financeiros de 12,7 milhões de euros.

No ano passado, a unidade Solar da Martifer conseguiu um resultado positivo de 3,6 milhões de euros. Este contributo foi, no entanto, mais do que compensado pelo resultado negativo de 46,1 milhões de euros que se verificou na área de Construção Metálica. Contudo, só 12,1 milhões de euros é que serão resultantes da actividade recorrente da empresa, segundo o comunicado divulgado esta manhã.

A participada Nutre teve um custo de 5,6 milhões de euros para a empresa, enquanto a Prio Energy contribuiu positivamente em 1,7 milhões de euros e a RE Developer em 0,3 milhões.

A contribuição da Construção Metálica para as vendas foi de 250,3 milhões de euros, crescendo 4,2% face ao ano de 2011 e corresponde a mais de 50% das receitas. A unidade Solar teve receitas de 230 milhões de euros, caindo 21,3% em face do conseguido no ano anterior.

O maior mercado da Martifer é a União Europeia excluindo Portugal com um peso de 44% nas vendas, enquanto 19% das receitas são conseguidas em Portugal, 14% na América Latina, 12% na África e Arábia Saudita e 8% na América do Norte.